segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

BONS TEMPOS DO PX . BONS TEMPOS DO PX6A 1740 (EU)

S TERMOS TECNICOS OU GÍRIAS DOS PX


Antena vertical.
As antenas montadas no sentido vertical, tem vários formatos variados umas das outras mas todas efetuam as mesmas características que consiste em transmitir e receber em todas as direções diferenciando apenas os seus ganhos em DB.
As antenas verticais são mais usadas que as antenas direcionais porque seu propósito é fazer contatos padrão com estações de todos os lados. Geralmente é a primeira antena de uma estação de Radio Amador iniciante.


Antena vertical.

Cabo de 50 ou 75 ohms:
Os cabos blindados que liga do rádio até a antena, tem internamente um valor em ohms. Esse valor é para a radio frequencia que sai do transmissor já preparado. Para o Radio Amador e outros serviços comerciais que usam rádio, devem ser usados cabos com a impedância de 50 ohms. Cabos para antenas de televisão ou antenas tipo parabólica, são de 75 ohms. Geralmente os cabos de 75 ohms são um pouco mais grossos mas não existe essa regra sempre. Alguns cabos de 75 ohms podem ser mais finos que os 50 ohms. enquanto que cabos muito mais grossos que suportam mais potências, pode ser de 50 ohms.
É importante lembrar que há muitos cabos de péssima qualidade sendo vendidos nas lojas. Isso sem falar nas falsificações de marcas famosas. No momento da compra, eu aconselho a verificar o tipo da malha se é de boa qualidade (o negativo que blinda o cabo). Clique aqui
e veja a diferença.  

Indicativo ou licença da estação.
Ser você é um iniciante, já comprou o rádio e está na fase da antena na janela, o próximo passo é providenciar a licença da estação. Se é para a faixa do cidadão (PX) não será necessário fazer a provas, basta apenas ir a ANATEL que atualmente está na Praça 15 no Centro do Rio de Janeiro no mesmo prédio da bolsa de valores levando apenas CPF e carteira de identidade. Para cada indicativo (você pode solicitar móvel e base), é cobrada inicialmente uma taxa de inscrição e um valor cerca de R$16,00 anualmente geralmente no mês de Março.  

Repetidora:
Repetidora são aparelhos e antenas instalados geralmente em locais muito altos (morros) com a finalidade de repetir as transmissões facilitando contatos muito mais distantes entre duas ou mais estações. Consiste em 2 (ou mais) rádios sendo 1 recebendo e o outro re-transmitindo o som vindo do primeiro rádio com uma certa diferença de frequências entre eles. Essa diferença é padronizada para cada serviço mas não por todos. Os Radio Amadores que usam a faixa entre 144 mhz a 148 mhz, utilizam a diferença de 600 khz (0,6 mhz), os Radio Amadores que usam a faixa de 430 mhz a 450 mhz, utilizam a diferença de 5000 khz (5,0 mhz) e a faixa marítima que funciona em torno de 156 mhz a 162 mhz, utiliza a diferença de 4,600 khz (4,6 mhz). Porém muitos serviços como Rádio-táxi, Hospitais, Bombeiros, Polícia e muitas empresas particulares, utilizam rádios em repetidoras com as diferenças de frequências dos mais variados. Algumas repetidoras muito usadas em Rádio-táxi, funcionam de forma casada com 2 rádios, Um de UHF e o outro de VHF sendo que um transmite repetindo o que o outro recebe e vice-versa.
Exemplo do funcionamento de uma repetidora.

Propagação:
Para a alegria dos aficionados em rádio, existe na natureza, um elemento que envolve nosso planeta responsável pela reflexão de certas frequências de rádio funcionando como um satélite natural permitindo que as emissões de rádio, alcançam distancias intercontinentais. A ionosfera é a terceira camada acima do solo terrestre entre 80 a 400 km formada de diversos elementos ionizados enriquecidos pelas atividades solares com variações a cada hora do dia que determina o que chamamos de propagação. Graças a ela, é possível fazer contato com o Brasil e algumas partes do mundo mas quando isso fica difícil, dissemos que a propagação está fechada. A ionosfera pode refletir com eficiência, frequências que vão de alguns khz até 70 mhz, mas dependendo de certas condições raras ocorre reflexões eficientes de até 100 mhz. 

BIP:
Ouve-se um simples sinal sonoro ao final ou início do "cambio". É um bip que avisa que a outra estação iniciou ou parou de falar. Esse sinal pode também ser várias notas de sons em forma de código que será identificado em um painel instalado na base da outra estação Radio Amadora ou base de estação comercial. Esse método é muito usado nos rádios de cooperativas de táxi.
Infelizmente estão sendo instalados placas de pequenos circuitos vendidos nos camelôs em forma de chaveiros que produzem efeitos sonoros especiais como musicas, explosões, gritos e outros sons conhecidos para personalizar o bip sem o conhecimento dos efeitos nocivos que esses circuitos provocam nos rádios. 

Telecomandos:
Em meados de 1962 quando foram inventados os primeiros 23 canais na faixa dos 27 mhz, (canais de PX), foram também incluídos mais 5 canais que o seletor de canais não podia pegar tendo que "pular" eles. Estes 5 canais ficavam escondidos entre os canais 3 e 4, 7 e 8, 11 e 12, 15 e 16, 19 e 20. Estes canais chamados de telecomandos, eram usados por pequenos aparelhos de controle remoto como carrinhos, barquinhos etc... Até os dias de hoje, os rádios fabricados para a faixa do cidadão, são fabricados pulando esses 5 canais. Mesmo os que vem chucrutados de fábrica.
Com o passar dos anos, o aumento dos usuários da faixa PX passaram a causar muitas interferencias nestes 5 canais obrigando os fabricantes de aparelhos e brinquedos de controle remoto a "fugir" dessas frequências para outras mais elevadas e seguras praticamente abandonando esses 5 canais de telecomandos. Atualmente são muito usadas por pessoas que possuam rádios chucrutados que funcionam também nesses canais. Veja abaixo as frequencias e cada canal incluindo os telecomandos.
1 26.965 29 27.295
2 26.975 30 27.305
3 26.985 31 27.315
3TC 26.995 32 27.325
4 27.005 33 27.335
5 27.015 34 27.345
6 27.025 35 27.355
7 27.035 36 27.365
7TC 27.045 37 27.375
8 27.055 38 27.385
9 27.065 39 27.395
10 27.075 40 27.405
11 27.085 41 27.415
11TC 27.095 42 27.425
12 27.105 43 27.435
13 27.115 44 27.445
14 27.125 45 27.455
15 27.135 46 27.465
15TC 27.145 47 27.475
16 27.155 48 27.485
17 27.165 49 27.495
18 27.175 50 27.505
19 27.185 51 27.515
19TC 27.195 52 27.525
20 27.205 53 27.535
21 27.215 54 27.545
22 27.225 55 27.555
23 27.235 56 27.565
24 27.245 57 27.575
25 27.255 58 27.585
26 27.265 59 27.595
27 27.275 60 27.605
28 27.285
Observe que os 5 canais de telecomandos indicados na cor vermelha, estão entre os primeiros 23 canis apenas. Eles não estão substituindo canais mas inseridos entre eles. Neste caso, um rádio de 60 canis tem na realidade 65 canais. 

Tabelas de rádio:
Atualmente a maioria dos rádios fabricados na faixa de 27 mhz (PX) possuem apenas 40 canais e devido ao grande número de operadores, sempre há uma necessidade de aumentar esse número para um pouco mais de canais. Alguns modelos de rádios possuem um tipo de integrado PLL (ver PLL) que sofrendo uma pequena intervenção eletrônica permite "pegar" muito mais canais além dos 40. Quando isso é feito, são acrescentados ao rádio algumas chaves extras ou é usado algumas das chaves já existentes no painel se estes não tiverem muitas utilidades. O número de canais apresentados no dígito ainda é o mesmo (40) mas o rádio fica com muito mais canais que isso. Para que se tenha um controle desses novos canais, é apresentado uma tabela de canais que consiste em uma folha (ou folhas) com as indicações das chaves e os números dos dígitos com os novos canais indicados.
Alguns rádios já vem de fábrica com canais além dos 40 mas ainda continua mostrando no painel apenas os 40 canais no seletor. Estes possuem no painel frontal algumas chaves extras permitindo usar os canais extras com o auxílio de uma tabela que acompanha o manual. Se seu rádio tem estes canais de fábrica ou foi chucrutado mas ainda não tem a tabela, clique em TABELAS no menu ao lado e tente pegar para o seu rádio. 

Antena dual banda:
As antenas de Radio Amador tem suas formas e funcionamentos dos mais variados e muitas delas fazem coisas que parecem mágica e que fica difícil acreditar. Entre essas coisas, estão as antenas Dual-banda que funciona conjuntamente em UHF e VHF com a possibilidade de transmitir em uma enquanto recebe na outra sem que nenhuma interferência aconteça entre elas. O mais curioso é o cabo que permite a passagem da transmissão e recepção das bandas ao mesmo tempo sem interferências entre elas. É uma única antena que funciona em duas bandas ao mesmo tempo. 

PT5, PT6, PT8 etc...:
As antenas PT são na realidade uma cópia fiel das antigas e famosas antenas pata o PX (faixa dos 27 mhz) de autoria americana com o nome de HI-GAIN. Essas antenas possuem internamente uma bobina e um capacitor que são ajustadas na frequencia oferecendo um ganho inicial de 5/8 da onda. Não se sabe ao certo quem inventou a sigla PT para essas antenas mas o número que segue é o número de radiais (elementos terra) que a antena possui, ou diga: 5varetas =PT5, 6 varetas=PT6, 8 varetas=PT8 etc... 

Antena PT4 (possui apenas 4 radiais).

Ponta a ponta:
Quando duas ou mais estações estão se comunicando entre si na mesma frequência (ou canal) sem o auxílio de uma repetidora, diz se que estas estações estão ponta a ponta. O termo também é empregado se houver ajuda de uma repetidora natural (propagação pela ionosfera) pois as frequências que estas estações operam ainda são sempre as mesmas. 

Eletreto:
Até meados de 1990, as cápsulas de microfone de qualquer transceptor eram sempre feitas com uma fina bobina colada ao diafragma acompanhadas de um imã fixo para identificar as variações da voz quando a bobina é movimentada pelo diafragma. Esse é o sistema dinâmico pois a bobina possui um valor ohmico que varia entre 200 a 700 ohms.
Atualmente a maioria dos fabricantes de rádios transceptores adotaram o eletreto como cápsula. Esses componentes de valor interno até 1200 ohms (1,2 k) consiste em uma peça muito pequena mais parecido com uma pílula (de remédio) gordinha contendo 2 ou 3 terminais.  Dentro desta cápsula há uma fina camada de metal que detecta a voz e transfere a um pequeno transistor que amplifica e transfere ao rádio. Esse método é muito mais eficiente e durável mas se houver a intenção de substituir uma cápsula dinâmica por uma de eletreto, é necessário um pequeno e especial circuito eletrônico interno para polarizá-lo com uma certa voltagem que varia até 8 volts no mesmo fio da cápsula porque as cápsulas de eletreto não funcionam se ligando diretamente ao rádio sem uma polarização presente. 
Cápsula de eletreto de 2 terminais (mais usado).

Duplexador:
São fabricados atualmente muitos transceptores com mais de uma banda padrão. São denominados Dual band porque possuem 2 bandas geralmente UHF e VHF, Ttrial band porque possuem 3 bandas como UHF, VHFL e VHFH e  Multi-band porque possuem muitas bandas (ou banda corrida) como 10 metros, 11 metros, 15 metros, 40 metros, 80 metros etc... Alguns desses transceptores vem de fábrica com vários conectores de antena para funcionar com uma antena apropriada em cada conector. Mas existe muitos modelos de antenas modernas com capacidade para funcionar em mais de uma banda com apenas 1 conector e 1 único cabo. Nesse caso é necessário o uso de um duplexador que é uma pequena caixa metálica que não precisa de alimentação. Possui 1 conector em um dos lados e 2 ou 3 conectores no outro lado. Sua função é ligar vários rádios de bandas diferentes (ou rádios dual band) a uma única antena dual ou trial. 
  2 tipos de Duplexador simples.

Off-Set ou Duplex:
Esse estranho termo em Inglês nada mais é que a diferença que um rádio faz entre transmissão e recepção quando em uso com uma repetidora artificial (equipamento instalado em lugares altos para repetir as transmissões entre estações de rádio). Quando o off-set está ativado, o transceptor muda de frequencia quando em transmissão (frequencia de entrada) para que a repetidora receba esta transmissão e faça a repetição na frequencia de saída. Usar off-set é mais comum nas faixas de VHF e UHF e dependendo da faixa, o valor do off-set é sempre o mesmo mas pode diferenciar para superior (+) ou inferior (-) dependendo das frequencias dentro da faixa. Nas faixas marítimas, o off-set é padrão (sempre o mesmo valor para toda a faixa) mas varia em outras como as comerciais, serviços, polícia etc. Veja abaixo uma pequena tabela do uso em off-set:
Entre 144 a 146,9 mhz (VHF) = -600 khz (0,6 mhz)
Entre 147 a 147,9 mhz (VHF) = +600 khz (0,6 mhz)
Entre 438 a 439,9 mhz (UHF) = -5000 khz (5 mhz) (Brasil)
Entre 156 a 162,0 mhz (VHF faixa marítima) = 4.600 khz (4,6 mhz). Obs: Ao contrário da faixa para rádio-Amador, nessa faixa, o off-set ocorre na recepção.
Um termo muito conhecido, é a frase "- ouvir a entrada". Isso quer dizer colocar o receptor na frequencia da entrada da repetidora para tentar ouvir diretamente a transmissão da estação que está usando a repetidora. Muitos transceptores para VHF e UHF (ou ambos), possuem uma tecla que coloca o receptor automaticamente na frequencia de entrada da repetidora. 

Medidor de ROE:
Existe uma necessidade de se saber se antena está realmente casada com com a frequência de operação do transmissor. Isso é muito importante para o perfeito funcionamento do sistema e evitar que haja queima de componentes importantes. Para saber se a antena está legal, usa-se um pequeno aparelho portátil que não precisa ser ligado a rede elétrica que se chama Medidor de R.O.E. Esse simples aparelho possui 2 conectores, 1 ponteiro (vu), uma chave HH e um botão para ajuste fino. Ele é ligado entre o transmissor e a antena usando um pequeno rabicho (veja rabicho) e assim é possível saber a quantidade de retorno da antena que não pode ser maior que 1:1,5. Alguns medidores vem englobado, medidores de potência e campo. 
Medidor de R.O.E
PLL:
Os primeiros transceptores usavam um tipo de sintetizador controlado a cristais que junto faziam uma séries de canais com bem menos cristais. Para se conseguir 23 canais, eram necessários 12 ou 14 cristais e isso era muito ainda. Foi então inventado um integrado sintetizador de frequencias que recebeu o nome de PLLl Este integrado acabou de vez as grandes quantidades de cristais dentro do transceptor . Atualmente um rádio fabricado com PLL possui no máximo apenas 4 cristais (não conta os cristais de filtro do receptor).
Convém lembrar que é através de modificações técnicas nos pinos de comando do PLL, é possível aumentar o número de canais de um transceptor. No Brasil, esse tipo de componente por ser importado, é difícil de conseguir e pode custar caro. 
Integrado PLL

Sobre-modular:
Em termos normais, modular significa falar ao microfone durante a transmissão. A voz vai do microfone e vai até o circuito de áudio que amplificado, insere (coloca junto) na portadora da transmissão que ao se movimentar, cria uma imagem (visto ao osciloscópio) em forma de módulos.
Geralmente quando várias pessoas estão em uma conversa em uma determinada frequencia, apenas uma pessoa deve transmitir de cada vez enquanto os outros escutam. Se ocorrer o incidente de duas ou mais pessoas falarem no mesmo canal (mesma frequencia), quem estiver mais distante será sobre-modulado pela estação mais próxima. Isso quer quer dizer que a estação que estava mais perto, "passou" por cima dele. É claro que a pessoa que foi sobre-modulado aqui, será sobre-modulado para quem estiver mais perto dele.
Infelizmente, alguns maus operadores tem o prazer de sobre-modular os companheiros porque moram em locais mais privilegiados (locais altos) ou porque usam um amplificador linears (botina).  Sobre-modular o colega é considerado falta de respeito ao amigo que não sabe que está sendo atrapalhado.

Antena fantasma:
Antena fantasma também chamada de carga fantasma é uma pequena peça de metal razoavelmente grande com um único conector fêmea instalada em um dos lados e contendo em seu interior alguns resistores de carvão e areia (de praia) para dissipar o calor. Esta peça tem internamente uma carga de 50 ohms com capacidade de suportar até alguns watts dependendo da montagem.
Essa montagem estranha funciona igualmente como uma antena comum mas a RF fica dentro da lata oferecendo R.O.E muito baixa não importando qual a frequencia do transmissor (mas tem certos limites). Sua finalidade é testar cabos, antenas e medidores usando o transmissor sem atrapalhar outras pessoas mesmo estando no mesmo canal. pois é uma peça que não irradia como uma antena comum.  Essa carga fantasma pode ser facilmente encontrados nas lojas de antenas para o Rádio-Amador mas sua montagem é tão simples que quase todos poderá montar um. Consiste em colocar um conector fêmea ligado a 4 resistores de carvão (não serve resistores de fio) no valor  de 220 ohms e 2 watts cada em paralelo colocados dentro de uma lata tampada e totalmente cheia com areia. Caso queira visualizar esse simples esquema
Carga fantasma caseira feita com lata de leite em pó.

Jogar portadora:
Ao exato momento que o PTT é apertado, o rádio começa a transmitir um sinal de RF na frequência do canal escolhido e agora é só falar. Esse é o procedimento padrão para o uso do rádio transceptor e assim se faz muitos amigos. Porém é com esse mesmo procedimento que se faz possível interferir em outra estação e arrumar inimizades. Basta transmitir junto com a outra estação propositalmente e não falar nada ou fazer um barulho qualquer como por exemplo transmitir músicas. Isso é conhecido como jogar portadora e é uma prática ruim feito por aqueles que não sabem ser Radio Amador.

Retorno de áudio:
Retorno de áudio é uma moda atual não muito aceita por mim ou pelos técnicos de rádio transmissores (mesmo). É a arte de ouvir a própria voz no auto-falante do rádio quando transmitindo. Até que seria legal monitorar a própria voz mas se o microfone estiver amplificado, causa as desagradáveis microfonias (um forte apito porque o microfone está perto do auto-falante) e impede de se usar corretamente o transmissor além de obrigar alguns componentes importante a trabalhar mais intensamente que o normal podendo danificá-lo. Alguns modelos de rádios como o VOYAGER, já vem de fábrica com câmara de eco e consequentemente o retorno facilitando a calibragem do eco. Mas leva-se em conta que a modulação ainda é de fábrica com apenas 60% de sensibilidade de ganho funcionando bem com o retorno mas fica muito difícil fazer qualquer trabalho para melhorar a sensibilidade do microfone sem impedir a realimentação negativa ou como se chama, a microfonia. 

Botina ou bota:
Um aparelho valvulado ou transistorizado que tem a finalidade maior de aumentar a potência de um transmissor, recebeu o nome de Botina ou bota porque o que ele faz é dar um "chute" na RF para ir mais longe. O nome correto é Amplificador linear de RF porque amplifica a RF que sai do transmissor para um número maior de watts permitindo "chegar" mais longe. Em alguns modelos de "botina", os fabricantes incluem um outro circuito chamado de booster capaz de amplificar também a recepção do transceptor em até 40 watts.
Os modelos "valvulados" (usam válvula de rádio ou televisão como elemento principal) amplificam melhor a potência do transmissor exibindo poucas quantidades de harmônicos (outras frequencias que saem junto com a frequência original amplificada) e consequentemente causando menos interferências em outros aparelhos próximos mas possuem dois incômodos botões pré sintonizadores para ajustar na frequencia correta. Os modelos transistorizados não usam estes controles mas exibem muito mais harmônicos causando assim mais interferências nos aparelhos vizinhos.
É muito importante dizer que É PROIBIDO o uso desse tipo de aparelho se usado na faixa dos 11 metros (PX) e nem todos os Radio Amadores poderão usar dependendo da classe da licença e potência do linear. 
Um exemplo de amplificador linear de RF (botina) modelo a válvulas.

Câmara de eco:
É um aparelho contendo alguns botões (geralmente 4) que ligado a um aparelho de som, reproduz o mesmo som com um lindo efeito de eco. Geralmente são fabricados para equipes de som ligados na mesa de PA (uma mesa com muitos botôes coloridos). Alguns modelos de rádios transceptores da marca Voyager, Galaxie, Alan e outros, já estão sendo fabricados com uma placa de eco opcional no seu interior com a finalidade de produzir também um lindo efeito de eco na modulação (voz do operador). mas estas placas são mais simples e usando componentes especiais para funcionar em um transceptor sem o risco de realimentações causadas pela presença de RF. Possuem tomadas prontas para a colocação dentro de alguns modelos de rádios mas nada impede de colocar esse tipo de eco em outros modelos.
Jamais solicite a colocação de outras placas que produzem efeitos como pedais de guitarra ou aparelhos de efeitos fabricados para mesas de PA. Isso causa problemas de acoplamentos com o transceptor criando fortes ruídos na transmissão. 
Placa de eco própria para o transmissor.

Modular:
Modular é o mesmo que falar ao microfone quando o rádio está em transmissão. Esse termo é usado porque a portadora de transmissão tem sua ondulação em forma de módulos de acordo com o tipo de modulação. Quando o PTT é apertado (pressionar a tecla lateral), o transmissor transmite mas somente a portadora e quando se fala ao microfone, essa portadora modula de acordo com a voz do operador.

TVI:
Quando surgiram os primeiros Radio Amadores, Ainda não existia a televisão e os aparelhos sonoros como o rádio, era, valvulados com muitos poucos riscos de sofrerem interferências de um transmissor próximo. As primeiras interferências registradas apareceram quando surgiu a televisão e foi denominada TVI (tv interferência).
Atualmente existem muitos aparelhos com sensibilidade suficiente de sofrerem essas interferências como o computador, telefones, rádios e até aparelhos de som. Quando ocorre interferências de um transmissor a um aparelho sonoro, diz-se estar causando TVI. 

Antena Quadra Cúbica:
São muitas as variedades e tipos de antenas com capacidades, polarizações e direções variadas. Dentre todas, a mais famosa é a Quadra Cúbica (cúbica de quadro) porque confere todos os itens das melhores antenas. Considerada uma antena de luxo,a quadra cúbica é poderosa e de tamanho pouco exagerado em comparação as outras da mesma banda mas polariza vertical e horizontal simultaneamente e possui grande capacidade de direção e potência. Sua aparência lembra vários quadros (dependendo da quantidade) em fila sendo umas menores e outras maiores.
Desenho de uma antena Cúbica de quadro.

Batimento de onda:
Ao receber duas ou várias emissoras de rádio operando quase ou na mesma frequência (canal), ocorre um tipo de apito que é gerado pelo "batimento de onda" dessas emissoras. Isso acontece muito nas faladas ondas curtas por causa da propagação que permite receber em intensidades aceitáveis emissoras de rádio de várias localidades do mundo sem que uma atrapalhe a outra.

Ouvir a entrada:
Ouvir a entrada é um termo muito usado nas frequências altas que já se faz necessário o uso de repetidoras (VHF e UHF). Uma repetidora usa sempre 2 frequências para funcionar sendo uma na entrada e outra na saída. Quando se usa uma repetidora, o transceptor estará recebendo na frequência de saída enquanto que o colega transmitindo estará na frequência de entrada e vice-versa. Para saber se é possível ouvir a transmissão do colega vindo diretamente do transmissor dele, basta programar o rádio para receber a frequência de entrada da repetidora. 


Filtro de cavidade:
O filtro de cavidade é uma peça importante e obrigatório por lei em qualquer repetidora instalada no Brasil tanto para o Rádio-Amador como para qualquer outra empresa. É formada por um conjunto de 2, 4, 6 ou 8 grandes bobinas uma ao lado da outra e ligados entre si para filtrar e deixar passar somente a frequência desejada ignorando interferências vindo de outras frequencias até mesmo transmissões existentes no canal ao lado. É como se colocasse uma vela acesa entre várias paredes com um pequeno furo em cada uma delas mas todas alinhadas para que se possa visualizar a vela entre os furos. Se uma parede for movimentada, a vela some de vista.
Normalmente uma repetidora usa 2 conjuntos de filtro de cavidade sendo um conjunto ligado no conector da antena do receptor e outro no conector de antena do transmissor.
O filtro de cavidade é muito importante e traz grandes benefícios as repetidoras.
Filtro de cavidade com 6 bobinas.

Sub-tom:
Esse recurso especial somente encontrado nos rádios VHF e UHF, faz o fechamento do "squelch" (controle manual que fecha o ruído do receptor) impedindo a audição de qualquer estação que receber a menos que esta esteja com o sub-tom ativado no mesmo número. Usar o sub-tom, bloquear interferências indesejáveis no receptor tanto provocado por outras estações como estáticos. É como uma senha para liberar o squelch ou fazer outras funções importantes que são os mais variados. Se um rádio estiver com seu receptor bloqueado por um dos números de sub-tom, este somente aceitará ou vai abrir o som se a estação que receber conter em sua portadora o mesmo número de sub-tom. São cerca de 45 sub-tons diferentes e seu uso é bastante semelhante ao controle remoto comum podendo ligar ou desligar repetidoras, diminuir potências, gravar mensagens, ligar outros aparelhos armar repetidoras separadas mesmo na mesma frequencia e muitas outras funções. Um exemplo clássico do uso do sub-tom é colocar um rádio em casa a cargo da esposa ou familiares enquanto o principal está distante. Se este rádio estiver com o sub-tom ativado, permanecerá mudo mesmo com pessoas falando no mesmo canal até o titular falar também com o sub-tom ativado e será ouvido pelo outro rádio

Rabicho:
Para qualquer pessoa, rabicho quer dizer um pequeno cabo com conectores dos mais variados (geralmente USB) em cada ponta para ligar os mais variados aparelhos tipo MP3, câmeras, celulares etc... ao computador. Para os rádios-Amadores, esse é o  nome para um simples cabo de aproximadamente 45 cm e com 2 conectores tipo macho em cada ponta. Serve para ligar outros aparelhos ao rádio como botina, booster, casadores, medidores etc. Recomenda-se o uso do "rabicho" com tamanho inferior a 65 cm e com cabo de boa qualidade. 


Chucrutar o rádio:
A maioria dos transceptores de PX americanos vem de fábrica com uma antiga legislação de funcionamento inaceitável para os padrões Brasileiros. Nesse caso o nível de áudio na modulação que deveria estar em 90%, são de apenas 60% e a quantidade de watts na potência do transmissor de deveria estar com 7 watts em AM e 21 watts em SSB (ou banda lateral) são de apenas 4 watts em AM e 12 watts em SSB. A quantidade de canais que no Brasil é de 60, são de apenas 40. A arte de efetuar as devidas melhoras no rádio como aumentar a potência, sensibilizar o microfone, quebrar o queixo e o aumento de canais até mesmo para um número bem acima do permitido, chama-se chucrutar o rádio. Mas essa pratica é proibido por lei.

Banda Lateral:
O iniciante em Rádio-Amador sempre começa na faixa do PX modulando em AM (amplitude modulada) por ser muito mais fácil de usar. Depois de algum tempo, vem o rádio de melhor qualidade e mais recursos ente eles, o SSB ou Banda Lateral.
A Banda lateral é um jeito diferente de modulação sendo necessário usar um botão extra já existente nesses tipos de rádios chamado "voicelock". para efetuar sintonias aprimoradas e entender o que a outra estação está falando.
Existem 2 tipos de Banda Lateral sendo LSB que é a supressão apenas na metade inferior da portadora e o USB que é a supressão apenas na metade superior da portadora. O LSB e o USB funcionam do mesmo jeito mas não são a mesma coisa. Quando se muda de LSB para USB, nota-se logo a diferença pelo som do receptor e percebe-se que um modo não fala com o outro. 

Aterrar a antena:
As antenas móvel usam a própria lataria do carro como parte de seu elemento. Isso quer dizer que uma parte desta antena é a própria lataria do carro para funcionar corretamente. O aterramento de uma antena móvel não pode ser feito através de fios comuns e sim no ato de prender a antena na mala eu calha. Se isso não acontecer, a antena fica com a estacionária alta significando o mal funcionamento do rádio e a possibilidade de queima do transistor de saída. Algumas pessoas não pensam assim chegando ao cúmulo de colocar uma antena móvel na janela de casa e puxando um fio até a grade de ferro como parte do aterramento.
Aterrar a antena base pode ser muito perigoso. Consiste em ligar um fio no lado negativo da antena até um ponto aterrado da casa como torneiras de metal ou um cano fincado no chão. Esta prática seria para proteger a antena de raios mas na realidade ela fica vulnerável colocando em risco a vida do operador e de pessoas próxima

Fonte estabilizada:
As fontes que alimentam os rádios transceptores devem ser estabilizadas, seguras, com boa amperagem e com voltagem que variam em torno de 12 a 13,5 volts. Por ser um componente muito importante na vida do rádio, deve-se tomar muito cuidado com a qualidade desse tipo de aparelho já que um defeito pode causar danos sérios ao transceptor. Lembro que as fontes de computador modificadas, oferecem alta capacidade de estabilização e faz o transceptor funcionar muito bem mas eu comparo isso a uma usina nuclear que é muito poderosa quando tudo vai bem mas se falhar, os prejuízos são incalculáveis. Leia abaixo sobre fontes de computador.
 
DENTEL:
Departamento Nacional de Telecomunicações (DENTEL) foi o órgão fiscalizador de radiodifusão que fiscalizava também os Radio Amadores. Funcionou até a gestão presidencial de Fernando Collor de Mello quando foi mudado para DICOM (?) e depois para ANATEL (Agência Nacional de Telecomunicações). 

Canais negativos e positivos:
Quase que todas as marcas de transceptores usados no Brasil são de fabricação Americana ou Japonês. Nesse caso os transceptores fabricados para a faixa dos 11 metros (PX) possuem apenas 40 canais que é considerado muito pouco para a maioria dos Brasileiros. Sabendo-se que no Brasil a liberação é de 60 canais, para os possuidores de rádios de apenas 40 canais sente ainda mais a necessidade de ter os demais 20 canais que faltam e como os integrados sintetizadores de frequência (PLL) tem condições de fazer um aumento bem superior ao 60, o resultado final são os muitos ou quase todos os transceptores PX modificados para muitos canais negativos ( abaixo do canal 1 ) e canais positivos (acima do canal 1) que ao todo podem somar até 600 canais sendo os próprios 40 canais, a primeira parte dos canais positivos.
Só que a portaria 01/80 de 1981 que liberou os 60 canais no Brasil, cita em um dos itens que é proibido efetuar qualquer que seja alterações técnicas nos equipamentos transceptores sob pena de multas e cassações de licença da estação. Isso quer dizer que é proibido mesmo se modificando um transceptor de 40 para apenas 60 canais.
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Frequencímetro:
O frequencímetro (ou contador de frequencias) é um equipamento elegante com a função principal de medir as frequências de cristais (ligados no oscilador), frequências de transmissores e osciladores em geral. São muitos os modelos que vai de uma simples medidor de frequências com capacidade de até alguns MHZ até ao moderno contador de data, tempo, período etc... com capacidade de até alguns GHZ (frequência X 1000000) e com memórias pra facilitar a leitura. 
Tipo de frequencímetro digital.
 
Quebra queixo:
Os transceptores fabricados para a faixa dos 11 metros (PX) que possuem SSB ou banda lateral (LSB e USB) tem um botão para efetuar a sintonia fina nessas modalidades. Só que a legislação Americana proíbe que os operadores da faixa cidadão (11 metros) tenha esse botão funcionando durante a transmissão obrigando aos fabricantes a criarem um circuito automático de sintonia que "trava" a frequencia no ponto central  desligando a função do botão da sintonia no modo transmissão que só retorna ao seu funcionamento normal quando o equipamento volta para o modo recepção. Isso é chamado de "queixo duro" e é muito ruim para sintonizar diversas estações em uma "rodada" pois não ficam todos na mesma posição de sintonia obrigando a uma constante movimentação desse botão todas as vezes que o outro vai falar.
O "quebra queixo" é a alteração técnica feita no circuito que é ligado a esse botão para que ele continue sintonizando mesmo quando o transceptor está no modo transmissão. Isso quer dizer que ao sintonizar a voz do colega, o mesmo não precisará sintonizar novamente e assim será para todos que também estiverem com o "queixo quebrado". Convém lembrar que "quebrar o queixo" não é aumentar a largura de sintonia do botão como muitos pensam.

LC:
Essas 2 letras representam as iniciai de Limpo e Cristalino. Em outras palavras, está tudo bem. Essa gíria muito usado atualmente pelos usuários de transporte alternativo, indica que os lugares verificados pelos próprios colegas de profissão, estão livres de fiscalização ou blitz (fiscalizar carros e pessoas que passam ao local por algum órgão federal ou estadual).
De muito usado, essa gíria LC, já é presente nas modulações de rádio entre os PX e até Radio Amadores incrementado esse novo modo de falar ao código "Q" como aconteceu com o código TKS (obrigado de agradecimento) que somente pode ser usado nas transmissões de CW. 

Fonte de computador:
Nesses dias atuais, um assunto que ouço bastante é sobre a prática de alterar fontes de computador para funcionar em outros aparelhos como transmissores, amplificadores e até amplificadores linear de rádio frequencia (botina) etc... Realmente a precisão de estabilidade que essas fontes possuem é muito superior a qualquer fonte feita com transformador e essas fontes possuem vários tipos de segurança sendo muito difícil que uma dessas apresente voltagem superior a que está estabelecida. Porem para possuir uma fonte dessas, é necessário compreender que mesmo com tanta precisão de voltagem, há um limite de consumo que não pode ser superior a transceptores com potências superior a 50 watts usufruindo da sua grande precisão de voltagem. As fontes comuns de transformador avisa com roncos e muita queda de voltagem quando o consumo está chegando próximo a capacidade da fonte e as fontes de computador não avisam quando está no limite da sua capacidade. Pessoas pensam que essas fonte são tão poderosas que são capazes de suportar um motor de arranque de um carro, transceptores de HF (multi-banda ou banda corrida), amplificadores linear de radio frequencias (botinas) etc... É muito importante reconhecer o limite dessas fontes mesmo sem notar nada de errado no seu funcionamento, assim essas fontes durarão muito mais tempo que se possa imaginar. 
Transverter:
A prática de operar nas faixas de 40 e 80 metros é tão antiga quanto a vontade que muito tem hoje em dia e ainda desperta o interesse de muitos Rádios Amadores. Porém os transceptores fabricados para essas frequencias são ainda muito caros, mas há uma maneira muito radical e barato de ter um equipamento capaz de usar 40 e 80 metros tão bem como se fosse rádio grande.É o transverter (27mhz to 3, 8mhz) que tem a finalidade de transformar um rádio PX (27 mhz) para funcionar em 40 e 80 metros. Basta ligar o rádio nele como se fosse um amplificador linear (botina) e ter uma antena apropriada. Sem precisar efetuar qualquer operação no interior do rádio, um transceptor PX se comporta como un transceptor de 40 e 80 metros. O rádio mais cotado para o uso do transverter é o Cobra 148 GTL devido a sua grande variação de frequencias no botão do voycelock.

Um tipo de transverter muito conhecido fabricado pela Zamin.

ESTA OBRA É AUTORIA EXCLUSIVA  DE  ANTONIO MÉIER_AM.

eu como sou px fiquei encantado com o seu trabalho, e resolvi mostra para vocês .
Existem muitos iniciantes em px ou py que não sabem nada de RF.


jjsound   PX6A 1740

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