sábado, 21 de novembro de 2009

GUIA BEM PRÁTICO DO ATERRAMENTO

Guia Prático (Parte II) Da abertura do buraco até a parte elétrica


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A boa execução do sistema de aterramento exige atenção e materiais adequados.

Os sistemas de aterramento residenciais têm como objetivo garantir a segurança dos moradores contra choques elétricos. Para que seja eficiente, é imprescindível que todo o circuito elétrico disponha de condutor de proteção (nome oficial do fio terra) em toda a sua extensão.
A execução do aterramento é simples, mas exige alguns cuidados especiais. Qualquer falha nas conexões pode pôr em risco a integridade do sistema.
O sucesso da instalação também dependerá do uso de materiais adequados. A haste recoberta com cobre deve ter comprimento mínimo de 2,40 m, Material - Caixa de inspeção, haste cobreada com diâmetro 5/8" (15 mm) e 2,40 m, conectores do tipo cabo haste ou do tipo grampo, condutor na cor verde-amarela ou verde, terminal à pressão, balde com água, um pedaço de caibro,marreta, chave de boca 13 mm, canivete, colher de pedreiro, cavadeira, brita e EPI's (luvas, óculos e capacete). Fotos: Marcelo Scandaroli diâmetro mínimo de 15 mm e ser revestida com cobre na espessura média de 254 micra (alta camada) exigidas pelas normas brasileiras ABNT NBR 5410:2004 - Instalações elétricas de baixa tensão e ABNT NBR 13571: 1996 - Haste de aterramento aço-cobreada e acessórios.
Se a camada de cobre da haste for muito fina, pode se quebrar facilmente no momento em que se faz sua colocação no solo. "O aço, em contato direto com a umidade, enferrujará rapidamente, comprometendo o sistema", explica Hilton Moreno, consultor do Procobre.
Outra dica valiosa é prestar muita atenção no tipo de solo onde será executada a fixação da haste. O ideal é que ele seja adequado para receber a descarga elétrica proveniente do circuito. Solos mais úmidos são melhores e os mais secos e rochosos são os mais complicados, exigindo tratamentos específicos.
Por fim, vale lembrar que o fio de proteção nas cores verde ou verdeamarela deve ser instalado de acordo com a ABNT NBR 5410:2004. Já as tomadas de corrente fixa das instalações devem ser do tipo com contato de aterramento (dois pólos + terra).

Clique na imagem para ver o tamanho real.Material Clique na imagem para ver o tamanho real.
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Clique na imagem para ver o tamanho real.Caixa de inspeção, haste cobreada com diâmetro 5/8" (15 mm) e 2,40 m, conectores do tipo cabo haste ou do tipo grampo, condutor na cor verde-amarela ou verde, terminal à pressão, balde com água, um pedaço de caibro,marreta, chave de boca 13 mm, canivete, colher de pedreiro, cavadeira, brita e EPI's (luvas, óculos e capacete).Clique na imagem para ver o tamanho real.



Clique na imagem para ver o tamanho real.Passo 1 Clique na imagem para ver o tamanho real.
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Clique na imagem para ver o tamanho real.Com o auxílio da cavadeira, abra uma vala com diâmetro e profundidade suficientes para o encaixe da caixa de inspeção.Clique na imagem para ver o tamanho real.


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Clique na imagem para ver o tamanho real.Acomode a caixa de inspeção no solo aplicando terra ao seu redor de modo a deixá-la totalmente firme e encaixada no chão.Clique na imagem para ver o tamanho real.


Clique na imagem para ver o tamanho real.Passo 3 Clique na imagem para ver o tamanho real.
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Clique na imagem para ver o tamanho real.Preencha a vala com água para umedecer o solo. Isso facilitará a aplicação da haste cobreada de 2,40 m.



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Clique na imagem para ver o tamanho real.Utilizando muita força nas mãos, exerça pressão para cravar a haste cobreada no centro do diâmetro da caixa de inspeção.Clique na imagem para ver o tamanho real.


Clique na imagem para ver o tamanho real.Passo 5 Clique na imagem para ver o tamanho real.
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Clique na imagem para ver o tamanho real.Retire a haste e repita os passos três e quatro até conseguir introduzi-la quase por completo no solo. Complete a cravação com golpes de marreta, interpondo entre ela e a haste um pedaço de madeiraClique na imagem para ver o tamanho real.



Clique na imagem para ver o tamanho real.Passo 6 Clique na imagem para ver o tamanho real.
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Clique na imagem para ver o tamanho real.A haste deverá ser fixada até a metade da altura da caixa de inspeção.Clique na imagem para ver o tamanho real.



Clique na imagem para ver o tamanho real.Passo 7 Clique na imagem para ver o tamanho real.
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Clique na imagem para ver o tamanho real.Passe o condutor de aterramento (fio terra) pelos tubos (eletrodutos) até chegar à caixa de inspeção.



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Clique na imagem para ver o tamanho real.Com uma chave de boca 13 mm, faça a conexão do cabo à haste. Se necessário, use o canivete para decapar o condutor.Clique na imagem para ver o tamanho real.


Clique na imagem para ver o tamanho real.Passo 9 Clique na imagem para ver o tamanho real.
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Clique na imagem para ver o tamanho real.Preencha a caixa de inspeção com brita até uma altura onde ainda seja possível visualizar o conector. O uso da brita evitará que alguém inadvertidamente jogue concreto dentro da caixa, tornando o acesso ao conector e à haste impossíveis. Além disso, a brita ajudará a manter a umidade do solo próximo à haste.Clique na imagem para ver o tamanho real.


Clique na imagem para ver o tamanho real.Passo 10Clique na imagem para ver o tamanho real.
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Clique na imagem para ver o tamanho real.Finalize fechando a caixa de inspeção com a tampa.Clique na imagem para ver o tamanho real.

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Clique na imagem para ver o tamanho real.Com o auxílio da chave de boca e do canivete, faça a conexão do condutor de aterramento à caixa de entrada (caixa do medidor). O fio azul (condutor neutro da concessionária) também será ligado ao mesmo ponto.


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Clique na imagem para ver o tamanho real.A partir desse ponto, derive um novo condutor (que agora passa a se chamar condutor de proteção) para ser conectado ao barramento do quadro de distribuição.Clique na imagem para ver o tamanho real.


Clique na imagem para ver o tamanho real.Passo 13 Clique na imagem para ver o tamanho real.
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Clique na imagem para ver o tamanho real.No quadro de distribuição, conecte o condutor de proteção no barramento de terra de onde sairão os demais fios terra a serem conectados aos pontos de eletricidade distribuídos pela residência.Clique na imagem para ver o tamanho real.



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Clique na imagem para ver o tamanho real.Com o auxílio da chave de boca, finalize o serviço conectando o fio terra no terminal de terra das tomadas e soquetes.Clique na imagem para ver o tamanho real.


Clique na imagem para ver o tamanho real.DICAS IMPORTANTES 1 Clique na imagem para ver o tamanho real.
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Clique na imagem para ver o tamanho real.Jamais bata diretamente a marreta sobre a haste cobreada! Além de retirar a película de cobre que a reveste, usar a marreta sem o auxílio do caibro danificará a cabeça da haste, impedindo a colocação do conector ou a sua substituição.

Clique na imagem para ver o tamanho real.DICAS IMPORTANTES 2 Clique na imagem para ver o tamanho real.
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Clique na imagem para ver o tamanho real.Um dos pontos mais importantes do sistema de aterramento são as conexões que deverão ser perfeitamente executadas.Clique na imagem para ver o tamanho real.


Clique na imagem para ver o tamanho real.DICAS IMPORTANTES 3 Clique na imagem para ver o tamanho real.
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Clique na imagem para ver o tamanho real.Os conectores do tipo cabo haste devem ser usados para condutores de secção até 35 mm2 e os do tipo grampo, para condutores de secção acima de 35 mm2.Clique na imagem para ver o tamanho real.

Clique na imagem para ver o tamanho real.DICAS IMPORTANTES 4 Clique na imagem para ver o tamanho real.
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Clique na imagem para ver o tamanho real.Para condutores com bitola acima de 35 mm2, use o conector do tipo grampo.Clique na imagem para ver o tamanho real.

Clique na imagem para ver o tamanho real.DICAS IMPORTANTES 5 Clique na imagem para ver o tamanho real.
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Clique na imagem para ver o tamanho real.As caixas de inspeção podem ser de fibrocimento ou de PVC.

Fonte: Revista Equipe de obra

IMPORTANTE


Para ter a certeza de um bom aterramento, se possível, como a boa técnica manda, utilize um TERRÔMETRO para medir a resistência e essa medida deve ficar abaixo de 10 ohms.

Clique na imagem para ver o tamanho real. Terrômetro digital


Para um melhor aterramento use 3 barras de cobre interligadas entre elas, como mostram as imagens abaixo.

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Clique na imagem para ver o tamanho real. Nunca se esquecendo da polaridade da tomada

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UM POUCO DE ELETRICIDADE

Eletricidade 101

A definição clássica de "corrente elétrica" é o "movimento ordenado de elétrons". A corrente elétrica é medida em Ampères.
Já "tensão" ou "voltagem" ( que, ao contrário do que muita gente pensa, é aceitável em áreas onde "tensão" pode referenciar a tração física em um cabo ) é a diferença de potencial elétrico entre dois pontos e é medida em Volts. É a força que realiza o trabalho de movimentar os eletróns.
Uma "resistência", como o nome já diz, é uma característica de algo que se impõe à movimentação ordenada dos elétrons, dificultando-a. É medida em Ohms ( Ω ).
Numa bateria, por exemplo, uma determinada tensão gera uma certa corrente elétrica, quando um circuito ( que oferece resistência à passagem da corrente elétrica ) é ligado aos seus pólos. A corrente resultante é determinada pela Lei de Ohm, que diz que I = V / R ( corrente = tensão / resistência ). Portanto, numa lanterna onde a bateria tem 9V ( nove Volts ) e a lâmpada tem 100Ω ( cem Ohms ), a corrente elétrica será de 0,09A, ou seja: 90 miliAmpères. Curiosidade: o que chamamos de curto-circuito, na verdade, é uma ligação onde a resistência tende a zero ( como quando enfiamos um garfo na tomada ) e a corrente tende rapidamente ao infinito.
O trabalho realizado pela tensão da bateria pode ser expresso em Watts ( W ) e é dado pela fórmula P = V x I ( ou, reescrevendo: P = I2 x R ). Essa potência é dissipada em forma de calor e usada para algo "útil", como a geração de luz ( é por isso que dispositivos elétricos, quando ligados, esquentam ) e é chamada potência real. Na mesma lâmpada do exemplo anterior, a potência dissipada na forma de luz e calor seria: P = (0,09A)2 x 100Ω = 0,81W.
Até aqui, tudo simples, certo?
No entanto, até agora só consideramos um fluxo contínuo de elétrons ( como aquele obtido com baterias ). Ou seja: pensamos em correntes contínuas. Mas, por diversos fatores, a eletricidade que chega à nossas casas e que utilizamos no dia-a-dia em eletrodomésticos e computadores, é do tipo alternada, varia de um ponto máximo a um ponto mínimo, passando por zero, de forma senoidal. No Brasil, nossa rede elétrica varia 60 vezes por segundo e tem uma tensão eficaz de 127V ou 220V. Portanto, nossa rede tem frequência de 60Hz ( Hertz ).
Outra coisa que não levamos em consideração: nossos aparelhos raramente são compostos de circuitos puramente resistivos. Existem mais dois tipos básicos de dispositivos que oferecem resistência à passagem de corrente elétrica: indutores e capacitores. Por suas características, eles defasam a corrente elétrica alternada e, portanto, dizemos que oferecem uma resistência à passagem de elétrons chamada reatância.
A impedância é a resistência à passagem da corrente elétrica dada por um circuito que possui resistores, capacitores e indutores. É dada em Ω ( Ohms ), mas em um número complexo, onde a parte real é a resistência e a imaginária é a reatância.
Potência Real X Potência Aparente
Nesse ponto, já podemos diferenciar "potência real" e "potência aparente". A potência real, como já vimos, é aquela onde a corrente elétrica não sofre mudança de fase por passar através de indutores ou capacitores. É dada em Watts e, numericamente, calculada como o quadrado da corrente multiplicado pela resistência.
Já a potência aparente é aquela onde a corrente elétrica sofre mudança de fase por passar através de elementos capacitivos e indutivos. É dada em VA ( Volt-Ampères ) e, numericamente, calculada como o quadrado da corrente multiplicado pela impedância.
Notaram a diferença? Um Watt só será igual a um Volt-Ampère em circuitos puramente resistivos.
Não é preciso ser um gênio para imaginar que, quanto menor a reatância, maior será a potência real. Ou seja: circuitos ideais deveriam ter apenas a parte real da equação. Infelizmente, isso não é possível com nossa tecnologia atual e, por isso, há um número que relaciona a potência real e a potência aparente: o Fator de Potência. Quanto mais próximo de 1, melhor aproveitada será a corrente ( pois existe pouca reatância ) e maior será o rendimento do circuito. Curiosidade: no supermercado, veja uma dessas lâmpadas fluorescentes que se encaixam nos bocais das velhas lâmpadas incandescentes. Repare no seu Fator de Potência. As mais baratas têm um FP igual a 0,5, ou seja: a potência real é METADE da potência aparente ( metade da potência não é aproveitada na forma de luz ). Felizmente, as concessionárias de energia nos cobram apenas a potência real...