segunda-feira, 2 de abril de 2012

POTENTE TRANSMISSOR DE FM COM 25 A 30 V

Potente transmissor de FM


Este transmissor tem um excelente alcance dada a potência de emissão, já que a alimentação pode ser feitas com tensões de 25 e 36 V. O autor recomenda a utilização de 4 baterias de 9V, mas como o consumo de corrente é elevado, sua durabilidade não será das maiores, devendo ser empregada fonte ou outra forma de alimentação.
O alcance previsto em tempo aberto é de 2 km e a antena é do tipo telescópico com 1 m de comprimento. A modulação pode vir de qualquer amplificador de áudio.
A bobina L1 consiste em 4 voltas de fios comum com tomada central para antena e diâmetro de 1 cm, sem núcleo. O resistor R3 deve ser de 5 W e todos os capacitores cerâmicos. O transistor é montado num bom radiador de calor, e o trimmer pode ser de 2-20 ou 3-30 pF comum, para ajuste da freqüência de operação.

POTENTE TRANSMISSOR DE FM COM DIODO VARICAP

POTENTE TRANSMISSOR DE FM MODULADO POR VARICAP



CARACTERÍSTICAS:

Tensão de alimentação:
6 a 12 V com o transistor 2N2218
12 a 18 V com o transistor 2N3553
Potência de saída:
1 W com o 2N2218
2 W com o 2N3553
Corrente exigida: 200 a 500 mA (conforme a versão)
Faixa de freqüências de operação: 60 a 120 MHz
Modulação por varicap



Nosso projeto consiste num transmissor com dois transistores oscilando em contrafase, alimentado com tensões entre 6 o 18 V, pode gerar um sinal potente entro 1 e 2 W, o que em condições favoráveis e com uma boa antena significa um alcance de algumas dezenas de quilômetros.
O ponto de destaque deste projeto não está somente na potência, mas também na forma de modulação, feita por meio de diodo varicap.
Com a utilização de um diodo de capacitância variável (varicap) temos uma modulação mais limpa e em consequência um melhor rendimento para o transmissor.
O circuito proposto apresenta a etapa completa de modulação já com microfone de eletreto, mas damos o modo de fazer a ligação de outras fontes de modulação de áudio externas, como por exemplo, um tape-deck, uma mesa de mixagem ou ainda um toca-discos.
Alterações indicadas com o uso de transistores mais potentes podem aumentar a potência.

COMO FUNCIONA
A etapa osciladora utiliza dois transistores de média potência para RF, ligados em contrafase numa bobina dotada de uma tornada central.
Esta bobina, em conjunto com o varicap e um trimmer determina a freqüência de operação do oscilador que deve ser ajustada para cair em ponto livro da faixa de FM. Esta freqüência vai sofrer alterações com a modulação, por efeito do varicap, conforme explicaremos mais adiante.
O sinal que realimenta o transistor Q2 é retirado do coletor do transistor Q3, por meio de C4, enquanto o sinal que realimenta o transistor Q3 é retirado do coletor de Q2.
A polarização de base dos transistores é dada pelo sistemas de resistores de R5 a R7. Para a versão mais potente, com os transistores 2N3553, os resistores R5 e R7 serão reduzidos para 6,8 kW ou 5,6 kW.

O
acoplamento do sinal para o sistema de antena é feito por uma segunda bobina enrolada de modo a entrelaçar a bobina osciladora. Um trimmer em série com esta bobina ajusta o acoplamento do transmissor à antena de modo a ser obtido um maior rendimento na transmissão.
A modulação é feita a partir do sinal de áudio aplicado ao transistor Q1. O sinal amplificado deste transistor é levado a um diodo varicap para a modulação em frequência.
É interessante analisar o principio de funcionamento dos diodos de capacitância variável ou varicaps. Um diodo comum é também um varicap e estruturalmente, tem a aparência mostrada na figura 1.
Quando o diodo está polarizado no sentido inverso, conforme mostra a mesma figura, a junção se comporta como o dielétrico de um capacitor e as cargas distribuídas pelo material semicondutor formam as armaduras.
Na polarização inversa, a largura apresentada pela junção, ou seja, a separação das regiões em que estão as cargas, depende da tensão aplicada. Assim, quanto maior for a tensão, mais as cargas se afastam e com isso diminui a capacitância apresentada por este capacitor. Lembramos que a capacitância de um capacitor diminui quando aumenta a espessura do seu dielétrico.
Podemos então fazer com que um diodo polarizado desta maneira se comporte como um capacitor variável, aplicando-lhe uma tensão inversa. O valor desta tensão muda a capacitância deste diodo.
Um diodo comum se comporta como um varicap, mas não é um bom varicap, pois a superfície de sua junção normalmente é pequena e isso implica em variações pequenas da capacitância. Num circuito de sintonia ou de freqüêncía do transmissor como o nosso, um diodo comum pode até ser usado, mas para obter a modulação precisaremos de um sinal de áudio muito forte.
No entanto, existem diodos especiais que são fabricados com a finalidade de apresentarem capacitâncias com variações maiores, para serem usados em circuitos sintonizados. Estes diodos possuem grandes junções e com isto a capacidade de apresentar uma variação considerável na capacitância apresentada. Estes diodos são denominados diodos de capacitância variável ou simple varicaps.
Na figura 2, mostramos o uso típico de um desses diodos num circuito de sintonia.
Neste circuito substituímos o capacitor variável em paralelo com a bobina por um Varicap e um capacitor comum. Depois, através de um resistor aplicamos a tensão desejada do cursor de um potenciômetro neste varicap de modo que ele altere a capacitância apresentada ao circuito e com isso sua frequência de ressonância.
Desta forma, o potenciômetro substitui o capacitor variável, podendo controlar a frequência do circuito pela movimentação do seu cursor.
Muitos rádios e sintonizadores tanto de AM como FM usam a sintonia por Varicap, e até mesmo televisores, substituindo o capacitor variável que é um componente caro, por um simples trimpot ou potenciômetro.
No nosso caso, vamos usar o Varicap para modular o sinal de FM. Ligando um varicap a um circuito de áudio, as variações da tensão provocadas pelos sons vão se traduzir em variações de freqüência na faixa de FM, ou seja numa modulação. Obtemos então um sinal que, a partir de uma freqüência central, se desloca para cima e para baixo em função do sinal de áudio, conforme sugere a figura 3 acima.

Veja que podemos perfeitamente aplicar à base de
Q1 um sinal composto de FM ou multiplexado de um circuito apropriado e com isso obter uma transmissão estereofônica.
Nesta mesma série temos o projeto de um transmissor estéreo cuja parte codificadora (multiplexadora) pode ser usada neste circuito de maior potência.
A fonte de alimentação para este circuito deve ter características especiais dada sua sensibilidade a ruídos e roncos. Uma boa filtragem é fundamental para obter o menor nível de ruído. A alimentação por bateria é muito interessante no sentido do minimizar estes problemas.
Também lembramos que o alcance de um transmissor não depende somente de sua pôtência. Com uma fração de watt é possível obter alcances de milhares de quilômetros tudo dependendo das freqüências utilizadas e do sistema de antena. O bom alcance de um transmissor depende portanto da sua capacidade de transferir para o espaço toda a
energia gerada e principalmente, na direção desejada, caso e
m que a aumenta a eficiência.
Para o nosso transmissor tanto podemos usar uma antena vertical (a), um dipolo de meia onda (b) ou uma antena plano-terra (c) todos mostrados na figura 4. Para obter o melhor rendimento de um transmissor quando acoplado a uma antena externa, a relação de ondas estacionárias (ROE) deve ser mantida tão próxima quanto seja possível de 1 para 1 (1: 1).
O cabo de ligação a antena deva ser do tipo apropriado à antena, ou seja, com a mesma impedância da antena.

MONTAGEM
Começamos por dar o diagrama completo do transmissor na figura 5.

A montagem deste trans
missor numa placa de circuito impresso é mostrada na figura 6.
Para os transistores precisaremos de pequenos radiadores de calor do tipo circular de encaixe, (ver foto), pois eles devem aquecer durante o funcionamento. O transistor 2N3553 tem pinagem diferente do 2N2218. A pinagem do 2N3553 é mostrada na figura 7.
O varicap usado pode ser o BB809 ou eqüivalentes como o BB909 (A ou B), BB405 ou BB106. Na verdade, o leitor pode fazer testes com qualquer varicap usado em circuitos de sintonia de FM ou TV.
Os capacitores devem ser todos cerâmicos de boa qualidade, exceto C7 que é um eletrolítico para 25 V ou mais.
Os capacitores C1 e C2 também podem ser de poliéster.
Os resistores são de 1/8 W ou maiores, com 5% ou mais de tolerância a o microfone de eletreto é do tipo de dois terminais, devendo ser observada sua polaridade na ligação.
Se for usada outra fonte externa de sinal como um gravador, mixer ou toca-discos, basta remover o microfone, retirar R1 do circuito e aplicar o sinal em C1. Para um som mais grave, se houver tendência aos sons agudos, aumente C1 para 220 ou mesmo 470 nF. Se houver distorção do sinal com a fonte de sinal empregada, ligue entre a base de Q1 e o emissor um trimpot de 470 k e ajuste sua polarização para a melhor qualidade de som. Os trimmers podem ser tanto do tipo de base de porcelana como plástico com valores entre 20 e 50 pF.
A bobina L1 é formada por 6 espiras (3 + 3) de fio rígido 22 esmaltado ou mesmo de capa plástica com tomada central e um diâmetro de aproximadamente 1 cm. Use um lápis como fôrma e enrole sobre ela L2 que deve ser enlaçada, de modo a ter 3 ou 4 espiras.
Na figura 8, temos o diagrama de uma fonte de alimentação de 12 V com o circuito 7812 que deve ter um radiador de calor.
Nesta mesma fonte pode ser usado o 7806 para uma versão de menor potência ou o 7815 para uma versão de maior alcance com o transistor 2N3553.
Na figura 9, mostramos como a fonte de alimentação, pelos poucos componentes usados, pode ser montada com base numa ponte de
terminais.

O transformador desta fonte tem enrolamento com tensão um pouco maior que a desejada na saída e corrente de 500 mA para as versões de 6 a 12 V e 1 A para as versões de 15 V. A tensão de trabalho do capacitor eletrolítico deve ser pelo menos 50% maior que a tensão do secundário do transformador usado.
Para todas as versões, os diodos retificadores podem ser do tipo 1N4002 ou equivalentes de maior tensão.
O fio de conexão do microfone deve ser blindado, o mesmo ocorrendo se for usada outra fonte de sinal, para que não ocorra a captação de zumbidos.
Para a antena podemos usar cabo coaxial ou paralelo, dependendo de sua impedância.

AJUSTE E USO
Para provar e ajustar o transmissor, ligue ínicíalmente nas proximidades um receptor de FM sintonizado em frequência livre.
O transmissor deve estar sem antena ou com um pedaço de fio pequeno, de uns 30 cm ligado num dos terminais de saída.
Ajuste CV1 inicialmente para captar o sinal com maior intensidade. Afaste-se com o receptor para certificar que o sinal não some e portanto, não se trata de uma harmônica.
LISTA DE MATERIAL
Semicondutores:
Q1 - BC548 ou eqüivalente - transistor NPN de
uso geral
Q2, Q3 - 2N2218 o
u 2N3553 - transistores de média potência para RF - ver texto
D1 - BB809 ou equivalente - diodo varicap

Resistores: (1/8
W, 5%)
R1,
R3, R5, R7 - 10 kW
R2 - 2,2 MW
R4
- 120 kW
R6, R8
- 8,2 kW

Capacitores:

C1 -
100 nF - cerâmico ou poliéster
C2 - 220
nF - cerâmico
C3 -
2,2 nF - cerâmico
C4,
C5 - 22 pF - cerâmico
C6 - 15 pF - cerâmico

C7 -
100 mF x 25 V - eletrolítico
CV1, CV2 - 20 a 50 pF - trimmers - ver texto

Diversos:
MIC - microfone de eletreto de dois terminais
LI, L2 - Bobinas - ver texto

S1
- Interruptor simples
Placa de
circuito impresso, radiadores de calor para os transistores, cabo blindado, caixa para a montagem, terminal tipo antena/terra, antena externa, fonte de alimentação, fios, solda, etc..
Se constatar a presença de ronco com a fonte, verifique sua filtragem. O fio de ligação da fonte ao transmissor deve ser curto ou blindado. Será interessante montar o transmissor em caixa de metal aterrada para que este problema seja minimizado. Pode ser necessário em alguns casos ligar em paralelo com a entrada de alimentação um capacitor cerâmico de 100 nF.
Se houver dificuldade em conseguir um sinal mais forte, não sendo alcançada a frequência desejada com o ajuste, reduza ou aumente o número de espiras de L1, enrolando por exemplo numa nova bobina com 4 + 4 ou mesmo 2 + 2 espiras. Faça testes até conseguir o melhor.
Uma vez comprovado o funcionamento sem a antena, podemos passar a conexão da antena externa.
O ajuste final com a antena externa pode ser feito com base nas indicações de medidor de intensidade de campo. Um multímetro comum, ligado da forma indicada na figura 10 serve como medidor de intensidade de campo.

Ajuste então CV2 de modo a obter o melhor rendimento do transmissor, ou seja, o maior alcance. Depois é só utilizar o aparelho.

Na figura 11, mostramos como fazer a ligação de uma chave comutadora que permite ligar outras fontes de sinal, inclusive um mixer.
Obs: os transistores BD135 podem ser experimentados em lugar dos Q2 e Q3 originais, usando dissipadores de calor.

TRANSMISSOR AM DE POTÊNCIA

Transmissor AM Potente

O circuito é bastante simples e a modulação externa pode vir de qualquer amplificador, ou outro equipamento de som, que tenha uma potência de saída de pelo menos 5 watts. Os leitores que estudam, ou são professores nas disciplinas de educação tecnológica, podem usar este aparelho como estação de rádio experimental de modo a transmitir música e programação variada nos intervalos, ou nos períodos antes e depois das aulas.

Newton C. Braga

Características:
• Tensão de alimentação: 20 a 30 volts
• Corrente da fonte: 2 A (tip)
• Frequência de operação: 550 a 1600 kHz
• Modulação: externa com 5 W (min)

Como Funciona
O transistor MJ15003 é ligado como oscilador Hartley, onde a frequência de operação é determinada pelas características da bobina L1 e pelo ajuste do capacitor variável CV1. Com uma bobina de 50+50 espiras num bastão de ferrite comum e um capacitor variável de rádio de ondas médias, é possível ajustar a frequência de transmissão entre 550 e 1600 kHz, o que corresponde à faixa de ondas médias. A realimentação que mantém as oscilações do circuito é obtida através de C1. O resistor R1 polariza a base do transistor e influi na potência do transmissor. Experiências podem ser feitas depois da montagem com resistores de 470 ohms a 4,7 k ohms de modo a se obter o melhor rendimento do circuito. A modulação em amplitude do sinal é feita com a aplicação do áudio no emissor do transistor. O capacitor C2 desacopla o emissor do transistor, desviando os sinais de RF ali presentes para a terra, enquanto que o transformador controla a tensão neste elemento a partir do sinal de áudio. Assim sendo, com o sinal de áudio temos o aumento e diminuição da corrente no transistor, com o que ocorre a modulação da portadora de RF que deve ser transmitida. Este componente responsável pela modulação, o transformador T1, é importante na montagem, pois dele dependerá a qualidade da transmissão. Usamos um transformador comum de alimentação com primário de 110 V e secundário de 6+6 V e corrente de 500 mA a 1A, não ligando a tomada central do enrolamento secundário. Na figura 1 mostramos o que ocorre quando o sinal de áudio não tem intensidade suficiente para a modulação completa da portadora de alta frequência. Nestas condições, temos menor alcance com um aproveitamento menor do que pode fornecer o transmissor. 
 temos o diagrama completo do transmissor. Os poucos componentes usados podem ser fixados numa base de madeira, tendo por referência uma ponte de terminais conforme exibe a figura 5. Os capacitores C1, C2 e C3 devem ser cerâmicos.

Esquema de transmissor de FM potente com transistor 2n2218

Este pequeno transmissor pode chegar a mais de 1 km em condições favoráveis de emissão. A modulação pode ser feita tanto com um microfone, por um microfone de eletreto, ou outra fonte de áudio. A freqüência é dada por CV (trimmer comum de 2-20 ou 3-30pF) e L1 4 ou 5 voltas de fio esmaltado 22 AWG, com diâmetro de 1 cm com núcleo de ar.
Atente para os capacitores que deverão ser cerâmicos. A antena deve possuir de 15 a 40 cm. Para a transmissão ligue um receptor de FM(rádio) nas proximidades a meio volume numa freqüência livre (que não haja nenhuma rádio operando), com uma chave de madeira/plástico, gire o parafuso de CV até captar o sinal mais forte do transmissor, pois pode ser captado um sinal espúrio. Se tiver dificuldades de ajustes, retire a bobina e a enrole novamente com mais ou menos espira.  Abaixo temos o esquema do circuito do transmissor de FM. Atente para pinagem do transistor 2n2218. Mic1 é um microfone de eletreto de dois terminais, O resistor R1 faz a polarização do microfone, talvez seja necessário alterar o valor de R1 para adaptar a seu microfone, valores de 1k  até 10k podem ser testados. De preferência use placa de fibra de vidro, que é a adequada para alta freqüência. Talvez para melhor estabilidade de freqüência seja necessário colocar a antena na segunda espira da bobina, solde o pedaço de fio usado como antena na segunda espira da bobina L1.
 Pode ser necessário autorização especial para operar este equipamento nessa potência.

Esquema para montagem do micro transmissor de fm com 2n2218

 Lista de Material
Resistores 5% 1/4 w:
R1= 2,2 kΩ (vermelho, vermelho, vermelho, ouro)R2= 4,7kΩ (amarelo, violeta, vermehlo, ouro).R3=5,6kΩ (verde, azul, vermelho, ouro.)R4= 47Ω (amarelo, violeta, preto, ouro.)Capacitores cerâmico
C1=4,7 nF (472 ou 4n7 ou 4700)C2=2,2 nF (2200 ou 2n2 ou 222)C3= 4.7pF (4p7 ou 4.7)C4= 100 nF (100n, ou 0.1 ou 104)C5= trimmer CV 3-30 pF.Transistor:
T1= 2n2218 ou equivalente.Diversos:
L1= veja textoG1= Bateria de 9 volts alcalina.Mic= microfone de eletreto.Diversos= Placa de circuito impresso, fio antena, solda, etc.

Transmissor de FM para 500m

Você que gosta de facilidades e está à procura de um bom projeto de transmissor de FM, que usa poucos componentes, fácil de montar e que ofereça um alcance razoável, recomendo este circuito pode atender às suas necessidades não importa como você vai utilizar. Mas, cuidado para não exceder e prejudicar terceiros.
Pois, a ANATEL está trabalhando mesmo em apreensão do aparelho, prisão ou multa em cima do infrator.
Este transmissor tem um alcançe estimado em 500 metros em campo aberto.
MAs, com a modificação do resistor de emissor de 270 ohm para um valor menor, 100, 68, 56, ou 47 ohm, seu alcançe chega a 1 km em campo aberto.
E o transistor deve ter um dissipador de calor de aluminio grosso porque ele vai aquecer um pouco correndo o risco de queimar.


Este circuito oferece essas possibilidades e é bastante confiável. Sua potência está em torno de 600 mW representando um alcance superior a um raio de 500 metros com uma antena comum. Se usada uma antena externa sua cobertura pode superar um raio de 2000 metros. A alimentação é proveniente de uma bateria de 9 volts, preferencialmente alcalina para melhores resultados. O uso de pilhas também é admitido. Poderão ser usadas duas, três ou quatro pilhas. Evidentemente o alcance será reduzido, pois a tensão será menor. Outra possibilidade é uma fonte de alimentação com ótima filtragem para que não ocorram roncos na transmissão. Não alimente o circuito com tensões superiores a 9 volts.
A configuração básica do oscilador é a mesma utilizada na maioria dos transmissores de FM. A grande novidade está no uso do transistor C1923, ele oferece uma potência superior ao famoso BF494, muito usado em pequenos transmissores.
Todos os resistores são de 1/8w e os capacitores, com excessão do eletrolítico, devem ser cerâmicos. A tensão do capacitor eletrolítico deve estar compreendida entre 16 e 25 volts.
Os únicos componentes críticos do projeto são as bobinas L1 e L2. Elas serão enroladas em um núcleo de ferrite ajustável. A fôrma pode ser aproveitada de outros aparelhos fora de uso. O diâmetro pode variar de 0,5 a 1,0 mm e a expessura do fio deve ser entre 18 e 32 AWG, preferencialmente 18.
L1 é formada por 4 espiras e L2 por três. Na próxima figura é possível observar o aspecto das bobinas já enroladas na fôrma.
enrolamento em vermelho representa L1 e o enrolamento em verde L2. A próxima ilustração mostra a ligação dos terminais de L1 e L2.


O ajuste da frequência de operação do transmissor é feito no núcleo de ferrite das bobinas. Para realizar este ajuste sintonize um rádio em uma frequência livre e atue sobre o núcleo com uma chave plástica até que o sinal do transmissor seja captado pelo rádio. Para que este procedimento seja mais fácil ligue uma fonte de áudio à entrada (modulação) do transmissor. Pode ser um CD player, toca fitas, etc. Tenha cutela na hora de ajustar o circuito para que você sintonize a frequência correta e não uma harmônica. Isso poderá ser observado pelo alcance e pureza do sinal.
O capacitor Cx, que está em paralelo com a bobina, terá o seu valor entre 5 e 33 pF, isso vai depender do diâmetro da bobina e da expessura do fio. É interessante realizar testes a fim de se verificar qual o valor melhor se adapta.
Uma variação para quem tiver dificuldades em obter um núcleo de ferrite é enrolar as bobinas sem núcleo. Neste caso Cx deverá ser substituído por um trimmer de 3-33pF.
A ligação de um microfone de eletreto de dois terminais é mostrada na figura abaixo.


Observe que um resistor de 4k7 é ligado à alimentação positiva do transmissor e ao terminal do microfone. Este mesmo terminal é ligado à entrada do transmissor. O outro terminal corresponde ao terra e é ligado à alimentação negativa do transmissor.Para a antena use um pedaço de fio comum com aproximadamente 80 cm de comprimento ou então uma antena telescópica. 
Pode ser usada também uma antena externa. Mas em contrapartida, haverá uma certa instabilidade. Ou seja, ele sairá de sintonia a toda hora.

Esquema Transmissor OM CW

 Para Radioamadores e Px saudosistas assim que nem eu José Joaquim PX- 6 A1740 idos de 79 eu recomendo este circuitinho aí abaixo que ninguém dá nada por ele mas ele é muito bom.
O esquema elétrico deste circuito da figura apresentado abaixo é de um pequeno transmissor telegráfico ideal para a prática de código morse eu o utilizei por muito tempo e graças a ele aprendi um pouco de telegrafia que não me faz passar vergonha. Este circuito é muito fácil de ser montado por não ter nenhum componente crítico. A bobina L1 consta de 100 espiras de fio 22 a 28 num bastão de ferrite de 0,8 a 1 cm de diâmetro. L2 consta de 30 espiras do mesmo fio enrolada sobre L1. O transformador T1 pode ser do tipo usado na saída de áudio de aparelhos transistorizados e a alimentação pode ser feita com tensões de 3 a 12V.

Para tensões entre 3 e 6V o transistor pode ser inclusive o BC548, BF494 ou outros NPN de pequena potência. Para tensões mais elevadas é recomendado o uso do BD135 ou 2N2218 com um pequeno radiador de calor. O variável CV é ondas médias. Para obter maior desempenho use antena externa e ligação à terra.


A tonalidade do som modulador pode ser alterada com a troca do resistor de 220k por um trimpot ou potênciometro em série com um resistor de 22k. O capacitor de 470 pF deve ser cerâmico e o manipulador M pode ser improvisado com lâminas de metal.


Esquema Medidor de ROE

O esquema elétrico do circuito apresentado na figura abaixo é de um medidor de ROE(Relação de Ondas Estacionárias) é fundamental para o radioamador que deseja ter o máximo rendimento de sua estação. No entanto, o custo de tal aparelho impede que muitos possam adquirí-lo. O jeito é apelar para a montagem deste projeto que tem um custo bem mais baixo. O projeto descrito é justamente de um medidor de ROE simples de montar.
Na figura 1 temos o diagrama do aparelho. A bobina L1 deve ser montada conforme mostra a figura 2. Ela deve ser blindada por uma "caneca" de FI de rádio comum.
O ferrite utilizado nesta bobina pode ser retirado de um balun de FM.
O instrumento é um miliamperímetro ou mesmo um VU aproveitado de algum aparelho de som fora de uso.
Os resistores são todos de 1/2W, os capacitores de mica e o potenciômetro de 22kOhms é do tipo linear.

Transmissor de FM de Alta Potência

O circuito elétrico do esquema da figura abaixo é trata-se de um transmissor de FM que pode ser utilizado como um microfone sem fio. Este tem sido um projeto muito popular para os montadores iniciantes e também para os experientes. Tem sido utilizado dentro de violões e como base de um sistema de controle remoto. Eu entretanto, recebo muitos pedidos de um circuito de um microfone com potência mais alta e melhor sensibilidade. Agora eu posso apresentar este novo Microfone Sem Fio (v5), que também tem uma estabilidade de freqüência melhor, alcance acima de 1Km (sob condições ideais) e ótima sensibilidade. Para conseguir isso, acrescentamos um amplificador compensador de RF (com ganho de 10dB) e um pré-amplificador de AF para intensificar um pouco a modulação.
A construção e muito simples. L1 é formada de 3.25 voltas em forma helicoidal e é uma parte integral do padrão da PCI. Os dois transistores BC547 podem ser substituídos por (quase) qualquer transistor NPN de baixo sinal, como por exemplo o 2N2222. A etapa final é um transistor PNP de uso geral BC557. Se você utilizar transistores diferentes então você deve escolher o resistor 1M0 para 5-volts DC no colector do primeiro transistor. Escolha o resistor de 47K para 3 - 4 volts no colector do terceiro transistor. Segue o desenho do layout dos componentes V5. Observe que há uma modificação:

Havia um capacitor de 1n0 5mm para desacoplamento da fonte, mas depois da troca de fornecedor de componentes (fabricante?) se desenvolveu alguma forma de instabilidade de RF quando o ganho do transistor PA estava um pouco acima do normal. A substituição de 1n0 por um capacitor eletrolítico de 22uf resolveu este problema totalmente. Qualquer "radial" (os dois terminais saem dos mesmo lado) capacitor do tipo eletrolítico a partir de 0.47uf em diante resolve o problema. A unidade concluída consome em torno de 30mA o que poderá variar a medida que você toca o circuito sintonizado, um bom teste se a unidade estiveroscilando. Você deve retirar o resistor de 4K7 se você utilizar um microfone dinâmico.
A PCI é de 50mm x 25mm, um pouco maior do que a primeira versão mas há três etapas em vez de apenas uma. O primeiro protótipo é mostrado acima, e também a bateria que o alimenta. A potência de saída está em torno de +10dBm o que aproximadamente 10dB a mais do que o primeiro Micorfone Sem Fio de FM. Este daria teoricamente 3.12 vezes o alcance (1.6Km) mas eu testei utilizando apenas um receptor portátil com o TX sobre a bancada dentro de casa. Mas eu consegui uns 700 metros tranqüilamente (e alguns olhares engraçados de nossos vizinhos).

Você pode observar acima que foi acrescentado um capacitor "gimmick" através do capacitor sintonizador de 12p para diminuir a freqüência do transmissor. Faça o capacitor torcendo dois comprimentos de fio isolado de um só núcleo, mais ou menos 2cm de comprimento. Isto reduzirá a freqüência na parte inferior da faixa. Corte curto o capacitor para aumentar a freqüência final desejada. Se você cortá-la um pouco de KHz alto demais então apenas torça o gimmick um pouco mais apertado.
Divirta-se e seja cuidadoso porque a alta potência deste projeto pode ser ILEGAL. Não posso assumir nenhuma responsabilidade e é seu papel verificar se você pode utilizar este projeto de forma legal.

Circuito Transmissor de TV

O esquema elétrico do circuito deste projeto vai despertar o interesse de muita gente assim como eu. Com este transmissor de vídeo, é possível enviar o sinal de um vídeo cassete, vídeo game ou DVD para quaquer televisor que esteja nas proximidades, mas com uma boa antena e bem ajustado com pequenas modificações, pode atingir algo em torno de 2 km. Mas, não devo ensinar como para evitar com problemas com a ANATEL. O projeto tem muitas utilidades interessantes. Imagine que em sua casa existe apenas um vídeo cassete na sala, mas tem um televisor no quarto e você gostaria de assistir a um bom filme no conforto de sua cama. Um outro exemplo seria a utilização do transmissor em um local público onde há varios televisores e é necessário transmitir a mesma programação para todos. Este projeto se torna ideal para estas aplicações. O circuito apresenta uma configuração bastante eficiente.
Nas transmissões de TV é necessária a geração de dois sinais: um modulado em amplitude, para a transmissão da imagem e outro, modulado em frequência, para a transmissão do som.
Em nosso projeto temos um osclidador de RF, que vai gerar a portadora a ser modulada. Este oscilador é formado Q1 e seus periféricos. A frequência de operação é determinada por L1 e C4 e deverá ser ajustada para o canal 3. Temos ainda um segundo osclidador constituído por Q2 que será responsável pela modulação do sinal de áudio. Ele opera em uma frequência de 4,5 MHz que é a convensão para as transmissões de TV.


O sinal de vídeo entra por R9 e é calibrado por R7 e R8. A bobina L2 faz o acoplamento entre o oscilador de RF e os moduladores de som e vídeo. C9 recebe a portadora já modulada e a entrega ao filtro de acoplamento formado por L3, L4 e CV1. A partir deste ponto o sinal é enviado à antena.

Bobinas

As bobinas são o ponto crítico do circuito e devem ser tomados os cuidados na sua confeção e ajustes para que o transmissor possa funcionar corretamente.
  • L1 é formada por oito espiras de fio 22 AWG e tem um diâmetro de 0.5 cm. Ela possui um núcleo ajustável de ferrite.
  • L2 tem seu primário constituído por três espiras de fio 32 AWG e o secundário são formados por quatro espiras, também de fio 32, sobre o primário e com derivação central. O diâmetro é de 0.5 cm e também possui um núcleo ajustável.
  • L3 e L4 são constituídas de cinco espiras de fio 22, sem núcleo e devem ter um diâmetro de 0.4 cm. As espiras devem ficar juntas.
  • L5 é uma bobina para 4,5 MHz e pode ser adquirida em lojas de eletrônica ou então aproveitada de aparelhos fora de uso, como vídeo cassetes ou vídeo game.
Ajustes

Uma vez montado o circuito confira tudo com atenção a fim de evitar erros ou ligações trocadas. Conecte as entradas E1 (áudio) e E2 (vídeo) a um vídeo cassete e ligue a alimentação. Você deve dispor de um televisor, de preferência com antena interna. Sintonize o televisor no canal 3 e ajuste o núcleo de L1 para que o sinal seja recebido no televisor. Agora atue sobre L5 e ajuste corretamente o áudio. Ele deve ser recebido com clareza. O próximo passo é ajustar L2 a fim de obter a melhor qualidade da transmissão. Por fim ajuste o trimmer CV1 para a maior intensidade do sinal.
Não use chaves metálicas para fazer os ajustes, pois elas causam indutâncias nas bobinas e interferem no resultado final. Use somente chaves plásticas. 
 
Eu montei este circuito em 2008 e funciona até hoje em 2012 numa escolinha ! 
Favor não aumentar a potencia para não sair por aí pela vizinhança distribuindo interferências nas imagem dos televisores dos outros.

TRANSMISSOR DE FM COM LAY OUT FÁCIL

Este artigo apresenta um circuito que não pode operar regularmente devido a restrições que estão sob o controle da Agencia Nacional de Telecomunicações(ANATEL). Portanto, a matéria publicada aqui tem apenas um objetivo didático. O uso deste material é de total responsabilidade do leitor.

Este circuito usa 3 transistores e o alcance depende tanto da alimentação como da antena. A diferença aos projetos anteriores está na utilização de Q3 como amplificador de RF e que aumenta a potência do sinal gerado por Q2. No entanto, neste transmissor temos 3 ajustes de trimmers que devem ser feitos com cuidado para o máximo rendimento.


A antena pode ser um dipolo plano, terra ou vertical. O ajuste de casamento de impedância pode ser feito pelo ajuste de CV3. Na figura abaixo temos o diagrama completo do transmissor e a placa com a disposição dos componentes.



As bobinas são enroladas todas com fio esmaltado grosso, de 18 a 22 AWG, ou então com fio rígido de capa plástica (22 AWG) tomando como referência um lápis.

Com relação aos indutores, temos:
  • L1 - 4 espiras
  • L2 - 3 espiras enlaçadas em L1
  • L3 - 4 espiras
  • L4 - 5 espiras
Os trimmers são todos de 20 pF a 50 pF de capacitância com exceção de C1 e C2 os quais são eletrolíticos para 12V. Os demais capacitores devem ser cerâmicos. Os resistores são todos de 1/8W, menos R10, que é de 1/2W. O transistor Q3 admite equivalente como o BD137 ou BD139. Recomenda-se o uso de um pequeno radiador de calor.

O ajuste deve ser feito sintonizando-se primeiramente um receptor nas proximidades numa freqüência livre. O ajuste deve ser feito em CV1 até que haja captação do sinal mais intenso. O trimpot P1 é ajustado para se obter melhor qualidade de som. Para operar na faixa de VHF, entre 50 MHz e 80 Mhz, altere as bobinas da seguinte forma:
  • L1, L3 - 5 ou 6 espiras
  • L2 - 4 espiras
  • L4 - 8 espiras
Lista de componentes:
Q1 - BC548 ou equivalente - NPN

Q2 - 2N2218 para 12V - transistor NPN
Q3 - BD135 - transistor de média potência

R1, R3 - 10 kW
R2 - 1 MW
R4 - 1 kW
R5 - 10 kW
R6 - 6,8 kW
R7 - 100 W
R8 - 2,2 kW
R9 - 15 kW
R10 - 22 W x 1/2W
P1 - trimpot de 470 kW

C1, C2 - 10 m F - eletrolíticos
C3 - 10 nF - cerâmico (103 ou 0,01)
C4 - 4,7 pF - cerâmico
C5, C6 - 10 nF - cerâmico (103 ou 0,01)
C7 - 100 m F - eletrolítico
C8 - 100 nF - cerâmico (104 ou 0,1)
CV1, CV2, CV3,- trimmers - ver texto

L1, L2, L3, L4 - Bobinas - ver texto

MIC - microfone de eletreto de 2 terminais

Como aumentar o alcance do transmissor FM ?

Este artigo apresenta um circuito que não pode operar regularmente devido a restrições que estão sob o controle da Agencia Nacional de Telecomunicações(ANATEL). Portanto, a matéria publicada aqui tem apenas um objetivo didático. O uso deste material é de total responsabilidade do leitor.

A transmissão em FM é um assunto que desperta o fascínio em muitas pessoas. Só quem já teve oportunidade de montar um transmissor e vê-lo funcionando sabe a sensação de prazer proporcionado por este tipo de projeto. Hoje em dia, existem muitas pessoas que dedicam seus estudos à transmissão de sinais em rádio frequência e um dos grandes desafios é conseguir um bom alcance dos sinais irradiados. Este artigo destina-se aos interessados no assunto e que pretendem estender os seus conhecimentos com as técnicas aqui apresentadas. Evidentemente este é um tema que envolve muitos conhecimentos que vêm sendo adquiridos desde as primeiras experiências realizadas com transmissores e que, se abordado a fundo, seria necessária uma verdadeira enciclopédia com as mais variadas e complexas fórmulas para os inúmeros cálculos que envolvem circuitos em RF. O que se propõe aqui é explicar, de forma simples e objetiva, como se dá a irradiação e propagação das ondas eletromagnéticas e quais os recursos para que os sinais possam ser transferidos para o espaço com maior intensidade.

O oscilador de RF
O circuito mais simples e conhecido para se obter um sinal de rádio frequência é o mostrado na figura abaixo:
O transistor é o elementro central. Na base temos a polarização e entrada de áudio. O emissor é conectado ao terra através de um resistor cuja função é limitar a corrente. No coletor temos o circuito LC onde é feita a sintonia da frequência a ser transmitida e de onde será retirada a portadora de RF e aplicada à antena. Há também a presença de um capacitor realimentador ligado entre o coletor e o emissor do transistor. Esta configuração é conhecida como base comum e é a mais simples para um oscilador de RF. Sua potência é da ordem de alguns miliwatts quando utilizado o transistor BF 494 ou o 2N2222. Esta mesma configuração admite o uso de outros transistores mais potentes como o 2N2218 ou o 2N3053 sendo que a potência conseguida gira em torno de 750 miliwatts. Existem projetos de transmissores de FM onde são usados transistores BD 135. Apesar deste transistor não ser específico para RF ele é capaz de operar em altas frequências permitindo o seu uso neste tipo de circuito e fornecendo uma potência razoável.

Teoricamente um transmissor com algumas dezenas de miliwatts pode irradiar o seu sinal a uma distância perto de uma centena de quilômetros, contudo, para que isto aconteça na prática a coisa fica um tanto quanto complicada. Primeiramente seria necessário um excelente sistema irradiante, por exemplo, uma antena direcional com, pelo menos, 16 dB de ganho e perfeitamente ajustada para a frequência de transmissão. O acoplamento entre transmissor, cabo coaxial e antena deveriam ser perfeitos, sem perdas, além da localização dos sistemas irradiante e receptor que deveriam ser privilegiados, sem obstáculos. O sistema receptor também deveria ser dotado de uma antena receptora com as mesmas características da mencionada no sistema irradiante além de possuir um bom amplificador de RF e um bom filtro.

Para quem pretende montar um transmissor e obter um bom rendimento do circuito deve-se levar em conta alguns fatores básicos. Um deles evidentemente é a sua potência, quanto maior a potência, maior o alcance. Quando se pretende trabalhar com potências acima de 1W, o transmissor deverá ter uma ou mais etapas amplificadoras de RF. Um oscilador comum, conforme o que aparece na figura acima, não fornece mais que algumas centenas de miliwatts, mesmo com transistores mais potentes, além disso, a instabilidade é um outro fator que conta pontos negativos quando se pretende irradiar um sinal a partir de um simples oscilador. O acoplamento com a antena também é de fundamental importância. Se a saída de um transmissor não estiver corretamente acoplada ao cabo e este à antena, haverá perdas bastante significativas e, no caso de transmissores com maior potência, as etapas de saída poderão queimar-se. Isto porque parte do sinal que era para ser irradiado volta para o transmissor. O uso de um medidor de ROE (Relação de ondas estacionárias) nestes casos é indispensável. Para exemplificar imagine uma bomba de água que é capaz de fornecer 10 litros por segundo e na sua saída é ligada uma válvula que libera apenas 4 litros por segundo e em seguida um cano que conduz 6 litros por segundo. O resultado não poderia ser outro senão a danificação de um ou mais destes três elementos. A situação é mais ou menos parecida em um transmissor de FM. Digamos que a sua saída fornece 300 Watts de potência com uma impedância de 50 ohms e é conectada a um cabo que suporta 250W com 75 ohms de impedância e por fim a antena que trabalha com uma potência máxima de 150W e sua impedância é de 50 ohms. Não é difícil imaginar o que aconteceria neste caso. O correto seria usar o cabo e a antena compatíveis com a saída do transmissor. Outro fator de extrema importância é a antena que será discutida a seguir.

Antenas
Sem dúvida nenhuma o componente mais crítico em um sistema de transmissão é a antena. Ela é responsável por transferir o sinal gerado pelo transmissor para o espaço e, portanto, deve estar perfeitamente calibrada para a frequência de trabalho. Existem inúmeros modelos de antenas com suas características peculiares e que devem ser levadas em conta quando se pretende montar um sistema irradiante. A polarização é uma delas. Os sinais de rádio podem ser polarizados verticalmente ou horizontalmente. Grande parte dos serviços de comunicação usam a polarização vertical. A polarização horizontal é usada em alguns serviços de comunicação e também pelas emissoras de televisão. Existe ainda a polarização circular que é adotada pelas emissoras de rádio FM. A vantagem deste tipo de polarização é que a antena do rádio pode estar tanto na vertical quanto na horizontal que não ocorrerão perdas na recepção.Se uma estação transmite um sinal polarizado verticalmente, a antena receptora também deve estar posicionada desta forma, caso contrário haverá uma perda em torno de 20dB.

Outra característica das antenas que contribui para o bom alcance da portadora gerada por um transmissor é o seu ganho. Obviamente, quanto maior o ganho, maior o alcance. As conhecidas antenas plano-terra de 1/4 de onda ou pé-de-galinha, como muitos a chamam, tem um ganho típico de 0dB. Já as de 5/8 de onda tem um rendimento bem maior, seu ganho gira em torno de 3dB, sendo portanto, mais indicadas para uma maior cobertura. Muitos rádio amadores utilizam esse tipo de antena em suas estações, o que proporciona uma grande melhoria nas comunicações, contudo, essas antenas são bem mais caras que as de 1/4 de onda. Via de regra, quanto maior o ganho, mais cara a antena.

Por fim uma outra característica das antenas de fundamental importância na área de cobertura proporcionada por um sistema irradiante é o tipo de irradiação. Existem dois tipos: omnidirecional (não direcional) que irradia o sinal em todas as direções e unidirecional. Esta última concentra o sinal em uma única direção e é altamente indicada para sistemas de comunicação a longa distância. Para se ter uma idéia, vamos supor que um transmissor esteja conectado a uma antena omnidirecional e irradie seu sinal em um raio de 1 Km, este mesmo transmissor, com uma antena direcional, irradiará o sinal a uma distância de mais de 50 Km, dependendo das características da antena, porém em uma única direção. Imagine a lâmpada de uma lanterna que concentra o seu foco de luz em um único ponto, a luminosidade será bem mais forte nessa direção, do que a luminosidade proporcionada pela mesma lâmapada fora da lanterna uma vez que ela emite a luz em todas as direções.

Observe nas figuras abaixo os padrões de irradiação de uma antena omnidirecional e outra unidirecional.

Nas próximas figuras são mostrados alguns dos modelos de antenas mais usados nos diversos serviços de comunicação

Esta é a famosa plano-terra, ou pé-de-galinha. Ela opera com 1/4 de onda e o seu ganho típico é de 0dB. É bastante usada em emissoras de rádio comunitárias e também em serviços de comunicação em VHF. A polarização é vertical.

Esta ilustração representa uma antena de 5/8 de onda. Ela é superior à plano terra, pois o seu ganho típico é de 3 dB, portanto, a cobertura é maior. Como o próprio nome já diz, ela é dimensionada para trabalhar com 5/8 de onda da frequência a ser transmitida. Este tipo de antena é bastante usado nos mais diversos serviços de comunicação em VHF. Sua polarização também é vertical.

Nesta representação pode-se observar um exemplo de antena direcional do tipo Yagi com 6 elementos cujo ganho é da ordem de 7dB (existem antenas com mais de 15 elementos onde o ganho pode superar os 16dB) - Obs.: Não confundir com antena de TV. Esta é a antena mais indicada para quem pretende chegar mais longe, contudo o sinal não é irradiado em todas as direções, como nos exemplos anteriores. A escolha desta antena pode representar a grande diferença na qualidade de recepção em locais onde a maioria dos receptores se concentram em uma determinada área. Ela pode ser polarizada tanto na vertical quanto na horizontal.

Acoplamento
Para que um transmissor transfira todo o seu sinal para uma antena o acoplamento deve ser o melhor possível e não apenas ligando-se diretamente a antena ao coletor do transistor de saída como aparece em muitos esquemas. O principal fator que se deve levar em conta é a impedância. Para transmissores de FM a impedância padrão é de 50 ohms. Existem no mercado alguns tipos de cabos coaxiais e antenas especialmente projetadas para este fim. Desta forma fica muito mais fácil a calibração de um sistema transmissor.

Algumas técnicas são usadas para realizar o acoplamento entre o transmissor e o cabo. Os principais componentes encontrados nestes circuitos são capacitores, trimmers e bobinas que, além de acoplarem uma etapa à outra funcionam também como filtros reduzindo bastante a irradiação de harmônicas e espúrias responsáveis por interferências em outros aparelhos.

Nas figuras abaixo se pode observar alguns exemplos comuns de circuitos que são usados para o acoplamento entre o transmissor e o cabo / antena.
A melhor forma de acoplamento é mostrada na figura seguinte. Nela uma bobina secundária é enrolada juntamente com a bobina tanque e o sinal enviado a um filtro piEste sistema representa uma grande vantagem, pois como o sinal é extraído da bobina secundária e esta não tem ligação direta com o circuito de saída do transmissor, não há transferência direta via coletor, portanto a impedância característica do circuito de saída não influi sobre as etapas seguintes. Outra vantagem é que há uma grande redução na interferência do cabo e da antena sobre a saída do transmissor.

Projetos Práticos
A seguir encontram-se dois projetos de antenas, uma omnidirecional e outra direcional para serem usadas em transmissores de FM.

1o Projeto: Antena Plano-Terra
O primeiro projeto apresentado é o de uma antena plano-terra omnidirecional. O ganho é de 0dB e ela poderá melhorar o alcance de seu transmissor caso você use uma antena interna. Ela opera com 1/4 de onda e não apresenta grandes dificuldades na montagem e no ajuste. A potência máxima recomendada é de 150 W. O esquema elétrico desta antena é mostrado a seguir.

O elemento irradiante é ligado ao fio central do cabo enquanto os quatros elementros que formam a terra são ligados à malha do cabo.

A fórmula para se calcular o tamanho dos elementos é bastante simples: C = 75 / Fo. Onde C é o comprimento dos elementos, 75 é o fator constante para divisão e Fo a frequência de operação. O resultado é dado em metros.

Para exemplificar vamos supor que você tem um transmissor que opere na frequência de 105,1 MHz. Aplicando a fórmula : C = 75 / 105,1, portanto, C = 0,713606. Arredondando, C = 0,71 m ou 71 cm.

A próxima figura ilustra um exemplo da antena montada.
Aqui nota-se a posição dos quatro elementos que formam o terra em um ângulo de 45 graus em relação ao mastro. Desta forma, a impedância é de 50 ohms.

2o Projeto: Antena direcional de 4 elementos
Este projeto é mais indicado para aqueles que já detêm uma certa experiência em RF, visto que o bom desempenho vai depender fundamentalmente dos ajustes. Trata-se de uma antena direcional formada por quatro elementros cujo ganho é de 5 dB. O acoplador é do tipo Gama Match o que garante uma ótima transferência de sinal e o correto ajuste da impedância que deve ser de 50 ohms. A potência máxima para esta antena é de 100 W.
A seguir encontra-se o esquema elétrico.

Como você pode observar, existe um conector que recebe o sinal do cabo e o aplica à antena. O pino central é ligado a um trimmer de 0 - 60 pF que por sua vez é ligado ao elemento irradiante através de um tubo de menores proporções. Este conjunto forma o Gama Match. Note que os elementos são aterrados, inclusive o irradiante. Todos são ligados à gôndola metálica que é ligada ao terra do conector. Na próxima figura é possível ver como fica a antena montada.

Observe as conexões dos elementos e do Gama Match. Os elementos são fixados por meio de parafusos. Abaixo o Gama Match é visto em detalhes.

Agora vamos às fórmulas para se calcular o tamanho e o espaçamento entre os elementos.

Comprimento do elemento irradiante: C = 142,5 / fo. C é o comprimento, 142,5 o fator constante e fo a frequência de operação.
  • Refletor: 0,49 . (Comprimento de onda, ou seja, 300 / fo)
  • 1o Diretor (a partir do irradiante): 0,43 . 
  • 2o Diretor: 0,40 . 
  • Espaçamento entre os elementos
  • Refletor / irradiante: 0,25 . 
  • Irradiante / 1o diretor: 0,15 . 
  • Irradiante / 2o diretor: 0,15 . 
  • Gama Match
  • Ponto A: 0,01 . 
  • Ponto B: 0,06 . 
Apesar das fórmulas fornecerem uma indicação precisa dos tamanhos e espaçamentos entre os elementos de uma antena há sempre a direfença entre a teoria e a prática e, em se tratando de RF, essa diferença é bastante presente. A recomendação é que antes de montar definitivamente a antena os elementos e o Gama Match sejam dotados de algum mecanismo que permita a variação tanto do tamanho como dos espaçamentos entre si.

O auxílio de um medidor de intensidade de campo e de um medidor de ROE são indispensáveis para o melhor ajuste neste tipo de antena, principalmente quando o transmissor tiver uma potência razoável.

Para aqueles que não se sentiram animados a montar esta antena, existe no mercado uma antena direcional para FM que também poderá ser usada, contudo, sua impedância é de 75 ohms, logo o cabo também deverá ser de 75 ohms (cabo coaxial para TV), assim como a saída do transmissor.

Com estas informações aqueles que estudam o assunto terão uma ferramenta a mais no desenvolvimento de seus projetos.

Se você gostou e quer ir mais a fundo nos estudos, existe um bom livro, em inglês, chamado Antenna's Hand Book, ele traz uma série de informações e fórmulas para quem pretende construir antenas. É um tanto quanto técnico e também é difícil de se encontrar, mas é uma ferramenta bastante útil. Uma outra dica são os sites sobre antenas. No Brasil existem páginas de rádio amadores que trazem muitas informações.