sábado, 16 de abril de 2011

DÊ UM NO BREAK DE PRESENTE PARA O SEU PC !!


Escolhendo um No-Break    


Onde quero chegar? Bom, agora que já nivelamos todo mundo, vamos discutir os no-breaks.
Um no-break de 600VA com um FP de 0,35, entregará, de fato, apenas 210W! Já um que tenha FP de 0,60, entregará 360W.
Entenderam agora o problema?
Para se escolher conscientemente um no-break, é preciso estudar seu manual e analisar várias características. Primeiramente: a sua potência aparente ( dada em VA ) e seu FP. No meu caso específico, tenho um pequeno servidor com uma fonte de 300W. No entanto, sei que ele consome menos que isso, já que a fonte opera com folga. Neste caso, é bem provável que este no-break de 600VA me atenda. Já micros com fontes de 500W, que tenham placas de vídeo de última geração, vários HDs e drives de DVD/CD, provalmente precisarão de no-breaks de 1 ou 1,2kVA ( lembrando: "k" é a abreviação de 1000 ).
Vamos analisar outras características, retiradas do manual de um no-break nacional:


Além da potência entregue e do fator de potência, ainda há vários pontos interessantes:
Tensão nominal de entrada: é a tensão da rede elétrica onde será ligado o no-break. Cuidado para não comprar um equipamento incompatível com sua rede elétrica. No caso de dúvida, escolha modelos "bivolt".
Faixa de tensão de entrada: a menos que você tenha uma rede elétrica muito problemática, olhar apenas o ítem acima já resolve a questão. Mas se existe uma grande variação na tensão entregue pela sua concessionária de energia, é bom verificar se este parâmetro é atendido. Variaçoes abaixo ou acima destes pontos podem danificar o no-break ou fazer com que a bateria não seja recarregada.
Tensão nominal de saída: é a tensão entregue pelo no-break. Dependendo do equipamento, você pode ter que alterar alguma configuração na fonte do seu micro.
Autonomia típica: é quanto tempo o no-break conseguirá entregar energia em sua saída, considerando determinada carga ( tipicamente, 80% do total ). Esse valor pode ser mascarado por vários fatores, use-o apenas como referência. Quando o no-break estiver funcionando alimentado pela bateria, fique de olho nos sinais indicativos de carga ( leds ou sinais sonoros ).
Frequência: a frequência da rede elétrica com a qual o no-break consegue trabalhar. Para equipamentos fabricados no Brasil, isso não é importante, mas nos importados, verifique sempre se conseguem funcionar com 60Hz.
Forma de onda: idealmente, a forma de onda da saída deve ser igual àquela entregue pela concessionária de energia, ou seja: senoidal. Infelizmente, gerar uma forma de onda senoidal numa saída de potência é difícil e caro. No-breaks "verdadeiramente senoidais" são grandes e caros. Equipamentos mais baratos serão sempre "senoidais por aproximação" ou "stepped sine wave".
Número de tomadas: quantos dispositivos poderão ser ligados ao no-break. Nunca use extensores ou "T"s.
Tempo de acionamento do inversor: aqui, precisamos de mais alguma teoria. Tecnicamente falando, "no-breaks" são sistemas de alimentação contínuos, ou seja: havendo ou não energia elétrica na entrada, haverá energia elétrica na saída. Eles usam a rede elétrica para carregar, continuamente, suas baterias e usam as baterias para gerar a tensão de saída.
Infelizmente, hoje em dia se generalizou chamar qualquer sistema de "no-break", mas o mais vendido ( até por ser o mais barato ) é o "short-break". Diferente do anterior, este usa a tensão de entrada para alimentar a saída e só começa a gerar energia quando há falha na entrada. E, da detecção da falta na entrada até a geração propriamente dita, demora algum tempo... nesse caso, 1ms. Se o sistema fosse um autêntico "no-break", esse tempo seria nulo e nem constaria no manual. Procure sempre pelo menor tempo.
Filtro de linha interno: a maioria dos equipamentos vendidos hoje, já possui um filtro de linha, mas é sempre bom ficar atento.
Estabilizador: não diz muito, já que três estágios bem projetados podem equivaler a cinco de qualidade inferior.
Rendimento: óbvio que, quanto maior o rendimento, menor será o desgaste e a perda. Portanto, escolha sempre os que tiverem os maiores números.
Sinalização audio-visual: essa é uma parte importante, também. É preciso que o equipamento avise o que está acontecendo: carregando a bateria, operando pela rede elétrica, carga esgotando... quanto mais indicadores, melhor.
Os próximos quatro ítens são comuns a todo bom equipamento. Se faltar algum destes, não compre.
Proteção fax-modem: se for utilizar o no-break em casa ou num pequeno escritório, essa opção pode ser interessante, já que proteje seu fax contra descargas na linha telefônica. Particularmente, nunca vi muita utilidade, já que as linhas telefônicas têm que ter proteção. É norma. Mas, como estamos no Brasil..
Partida a frio: outra coisa interessante e necessária. Alguns equipamentos não se ligam se não houver tensão na linha. Portanto, se você quiser fazer um teste ou por qualquer motivo, tentar ligar o no-break sem alimentação, nada vai acontecer. Prefira os que tiverem essa característica.
Outro ponto importante a ser verificado é se o no-break tem saída serial ou USB. Ela é extremamente útil para avisar seu computador de que é hora de desligar, pois a carga da bateria está no fim.

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