segunda-feira, 23 de novembro de 2009

SAIBA COMO SE TORNAR UM RADIOAMADOR

Como se tornar um Radioamador?

23 Novembro de 2009


A atividade de radioamador é regida por uma legislação própria, sob coordenação do Ministério das Comunicações, cuja aplicação e fiscalização está a cargo da ANATEL. Essa legislação divide a atividade radioamadorística em três classes distintas, a saber: A, B e C.

Para cada classe o candidato deverá preencher alguns requisitos básicos, que variam em conteúdo e complexidade conforme podemos ver abaixo:

1 - Requisitos para ingresso na classe C:

Ser maior de 10 anos;
Ter sido aprovado nas provas de Legislação, Técnica e Ética operacional;
Além disso tem que estudar a linguagem Q e o Alfabeto fonético Internacional.
2 - Requisitos para ingresso na classe B:

Ser maior de 18 anos ou, se menor, portar Certificado de Operador de Estação de Radioamador (COER) classe C expedido há pelo menos dois anos;
Ter sido aprovado nas provas de Legislação, Técnica e Ética Operacional, Radioeletricidade e Código Morse (CW).
3 - Requisitos para ingresso na classe A:

Ser portador de COER classe B expedido há pelo menos 1 ano;
Ter sido aprovado nas provas de Legislação, Técnica e Ética Operacional, Radioeletricidade e Código Morse (CW);
A classe C pode era considerada a "classe de acesso" em virtude de a maioria dos novatos procurar ingressar no hobby prestando prova para ela. Entretanto, nada impede o ingresso de um novato direto pela classe B. Bastará, para isso, que o interessado esteja disposto a estudar um pouco mais e, também, a praticar o CW.

É importante, contudo, esclarecer que não há possibilidade de ingresso direto na classe "A" pois, como já dito acima, é necessário ser classe B há pelo menos 1 ano.

Acerca da dificuldade dos exames, não se preocupe. Nada que um pouco de estudo e dedicação não resolvam. (veja abaixo links para apostilas de estudo).

Após a sua aprovação, será hora de expedir seu COER, o que deverá ser requerido junto à ANATEL. Uma vez feito isto você já estará apto a operar uma estação de radioamador e poderá, inclusive, ter a sua própria! Para isso você deverá ter uma "Licença Para Funcionamento de Estação", que também é emitida pela ANATEL. Essa licença é o documento que o autoriza a instalar e operar sua própria de estação de radioamador, que poderá ser fixa (instalada em casa), móvel (instalada no carro, na moto, etc...) ou móvel portátil (levada com você "no bolso" - HT).

Para a emissão do COER, bem como para a emissão de Licença Funcionamento de Estação de radioamador são cobradas taxas pela ANATEL, bem como anualmente é cobrada a "Taxa de Fiscalização do Serviço de Radioamador". Mas fique tranqüilo, os valores não são de assustar.

E finalmente você deverá comprar um rádio (caso ainda não tenha um). Se necessitar de orientação acerca de qual o equipamento ideal para você, não hesite. Peça ajuda a um colega radioamador mais experiente. Ele ficará feliz em poder ajuda-lo!

As informações aqui prestadas pretendem apenas dar um panorama geral do que é necessário para se tornar um radioamador. Informações oficiais e mais detalhadas deverão ser obtidas diretamente LABRE do seu Estado, que é a instituição representativa dos radioamadores do Brasil. Todos os exames podem ser feitos na LABRE.

As provas são agendadas conforme a demanda, entre em contato com a LABRE para saber quando serão os próximos exames.

Os exames realmente não são difíceis, contudo você tem que ter estudado, elas não tem pegadinhas mas se você não leu o assunto que é bastante lógico, então a prova vai ficar longa. Leia e estude todas as apostilas e pronto, fica mais fácil.

Algumas LABREs oferecem cursos, mas em geral estudar as apostilas e entrar em contato com outros radioamadores para tirar suas dúvidas são suficientes para prepará-lo para os exames.

Ao obter êxito na prova, dirija-se à ANATEL e solicite os documentos. Você será orientado a pagar as taxas e depois escolher seu INDICATIVO de CHAMADA, ou seja como sua estação de radioamador se identificará.

Em outra data irá receber os documentos que são o COER (Licença de radioamador e a Licença da estação).
Todo início de ano a taxa de fiscalização da estação deve ser paga. Para isso, ou aguarde o boleto chegar no seu e-mail ou acesse o site da ANATEL, se cadastre e imprima o boleto para pagamento. O não pagamento da taxa anual implica depois de certo tempo na revogação da licença para a estação.

Material de Estudo:

Apostilas [zip]
Questões sobre Legislação [pdf]
Questões sobre Técnica e Ética Operacional [pdf]
Questões sobre Rádioeletricidade [pdf]
Teste Simulado Online
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Alfabético Internacional Fonético

Alfabético Internacional Fonético




Todos os que já tiveram a oportunidade de participar num Jamboree no Ar, certamente repararam que os radioamadores utilizam uma linguagem própria e que a certa altura começam a falar em Yankee, Zulus, Tangos, Hotel e não sei mais o quê, o que deixa geralmente quem assiste muito intrigado.

Será que estão a explicar a um Yankee que os Zulus estão a ter aulas de Tango no Hotel? Nada disso…, para os menos esclarecidos com tão "estranha linguagem" aqui fica uma breve explicação sobre o assunto.

Embora a língua inglesa seja a mais utilizada nas comunicações de amador, existem palavras que se tornam muito difíceis de compreender, imaginem por exemplo um radioamador Inglês a tentar explicar que está a transmitir de WOLVERHAMPTON ao seu colega português.

Para facilitar a compreensão, foi criado o Alfabeto Internacional Fonético. Fazendo corresponder a cada uma das 26 letras uma palavra universalmente conhecida por todos os radioamadores podemos transmitir qualquer mensagem, com a certeza que o nosso correspondente a recebeu corretamente.

Desta forma, soletrando pausadamente letra por letra, podemos explicar a qualquer radioamador do mundo que estamos a transmitir por exemplo desde CANTANHEDE, Charlie.. Alfa.. November.. Tango.. Alfa.. November.. Hotel.. Echo.. Delta.. Echo). O Alfabeto Internacional Fonético tem uma vasta aplicação no universo das radiocomunicações sendo também utilizado nas comunicações aeronáuticas, marítimas e militares entre outras.

Para todos os que são verdadeiramente "curiosos", aqui vai um pouco da história do Alfabeto Internacional Fonético. Antes da II Guerra Mundial não existia um alfabeto fonético comum, exceto para uso militar embora cada serviço tivesse o seu, o que como se pode calcular gerava uma grande confusão.

Em 1941 com a eminência da entrada dos EUA no conflito, tornou-se óbvio que era necessário encontrar um alfabeto comum, que viesse a permitir um entendimento concertado no campo de batalha. Embora fosse grande a rivalidade entre os diversos serviços, e depois de várias tentativas sem sucesso de conciliar as idéias de todos os intervenientes, foi tomada uma decisão drástica.

Convidados os responsáveis dos vários serviços para uma reunião no MIT (Instituto de Tecnologia do Massachusetts), uma vez no local foram reunidos numa enorme sala com grandes quadros, imensos lápis, resmas de papel e um dicionário por pessoa, sendo-lhes comunicado que seriam servidas três refeições diárias e que a porta da sala estaria fechada durante os restantes períodos, bem como não seria permitida a saída de ninguém enquanto não fosse adotado um alfabeto aceite por cada serviço!

O tempo que isto levou a resolver não temos conhecimento, no entanto esta decisão, levou ao aparecimento do Alfabeto Fonético JAN (Joint Army/Navy), com que os Estados Unidos da América entraram na IIª Guerra Mundial. Este alfabeto embora não fosse perfeito, pois existiam de fato algumas dificuldades de compreensão de várias letras por parte de alguns Exércitos Aliados, foi sem dúvida de grande utilidade para as comunicações militares.

Depois de terminada a Guerra, houve tempo suficiente para absorver os ensinamentos adquiridos e fazer um alfabeto melhor. No entanto nenhum teve sucesso até que entrou em campo a ICAO (Organização Internacional da Aviação Comercial), que necessitava de adotar um alfabeto para utilização nas comunicações da emergente indústria Aeronáutica e criou o seu próprio alfabeto fonético.

O alfabeto fonético que hoje conhecemos foi adotado pela ITU (Organização Internacional das Telecomunicações), organismo onde são elaborados os regulamentos Internacionais das Radiocomunicações. Embora o alfabeto não seja perfeito, funciona…e constitui uma ferramenta inquestionável nas comunicações por voz, sendo utilizado nos mais variados serviços civis e militares.

Mesmo nas comunicações em FM ( Freqüência Modelada) em que a qualidade do áudio é geralmente muito boa, a utilização correta do alfabeto fonético permite a detecção de qualquer erro de compreensão na transmissão de uma qualquer mensagem.


A
ALFA
AL FAH

B
BRAVO
BRA VO

C
CHARLIE
CHAR LI

D
DELTA
DEL TAH

E
ECHO
EK O

F
FOXTROT
FOX TROTT

G
GOLF
GOLF

H
HOTEL
HO TELL

I
INDIA
IN DI AH

J
JULIETT
DJOU LI ETT

K
KILO
KI LO

L
LIMA
LI MAH

M
MIKE
MA IK

N
NOVEMBER
NO VEMM BER

O
OSCAR
OSS KAR

P
PAPA
PAH PAH

Q
QUEBEC
KE BEK

R
ROMEO
RO MIO

S
SIERRA
SI ER RAH

T
TANGO
TANG GO

U
UNIFORM
YOU NI FORM

V
VICTOR
VIK TOR

W
WHISKEY
OUISS KI

X
X-RAY
EKSS REI (no Brasil Xadrez)

Y
YANKEE
YANG KI

Z
ZOULOU
ZOU LOU

CÓDIGO "Q" PARA RADIO AMADOR E PX

CÓDIGO “Q” INTERNACIONAL

Rádio-Amador Código Fonético Internacional Regiões Geográficas no Brasil
Código "Q" Internacional Gírias de Rádio-Amador


QRA - Nome da estação
QRB - Qual a distância?
QRD - Qual a sua localização
QRG - Freqüência de operação
QRI - Tonalidade de sinais (1 a 5)
QRH - Sua freqüência varia
QRK - Inteligibilidade dos sinais (1 a 5)
QRL - Estou ocupado, não interfira
QRM - Interferência de outra estação
QRN - Interferência atmosférica ou estática
QRO - Aumente sua potência
QRP - Diminuir sua potência
QRQ - Manipule mais rápido
QRR - S.O.S. terrestre
QRS - Manipule mais devagar
QRT - Vou parar de transmitir
QRU - Você tem algo para mim?
QRV - Estarei à sua disposição
QRW - Estação “X” chama em ...KHz/s
QRX - Aguarde sua vez de transmitir
QRY - Quando será minha vez de transmitir
QRZ - Quem me chama?
QSA - Intensidade dos sinais
QSB - Seu sinal varia
QSD - Sua Transmissão é defeituosa
QSJ - Taxa, dinheiro
QSL - Entendido, confirmado
QSM - Repita a última mensagem
QSN - Escutou-me?
QSO - Comunicado, contato
QSP - Retransmissão de mensagem de outra estação
QST - Comunicado de interesse geral
QSU - Transmitir ou escutar em KHz/s
QSV - Transmita uma série em “V”
QSW - Transmitirei nesta ou em outra freqüência
QSX - Escutarei sua chamada em ...KHz/s
QSY - Vou transmitir em outra freqüência
QSZ - Devo transmitir cada palavra ou grupo?
QTA - Anule a mensagem anterior
QTB - Concordo com sua contagem de palavras
QTC - Mensagem, Notícia
QTH - Local da estação
QTR - Horas
QTX - Sairei por tempo indeterminado
QUD - Recebi seu sinal de urgência
QUF - Recebi seu sinal de perigo
QAP - Permaneça na escuta



Rádio-Amador Código Fonético Internacional Regiões Geográficas no Brasil
Código "Q" Internacional Gírias de Rádio-Amador

RADIO CURIOSIDADE

VOCÊ SABIA ?




PRIMEIRA REFERÊNCIA A UMA ESTAÇÃO DE RÁDIO NO BRASIL


O primeiro transmissor de ondas de rádio no Brasil que se tem notícia, foi instalado no ano de 1913 por Paul Forman Godley, um dos fundadores da ADAMS-MORGAN / PARAGON, na região Amazônica, a pedido do governo brasileiro.


Ao retornar para a américa, ele conheceu Edwin Howard Armstrong numa reunião do Clube de Rádio da América em 1914, e se admirou ao saber que Armstrong conseguia escutar essas estações brasileiras com regularidade.


O segredo, claro, era o circuito regenerativo. Armstrong não havia conseguido fazer funcionar o circuito regenerativo nas ondas curtas, onde os radio-amadores operavam, e alem do mais, ele tinha maiores interesses na area comercial do rádio.


Após uma série de testes, Godley ajustou os circuitos de grade e placa de seu rádio com variometers auto-ajustaveis, e aí nasceu o receptor Paragon.

( Crédito: Radio Manufacturers of the 1920's by Alan Douglas Vol-1 )


O INÍCIO DO RÁDIO EM FREQUÊNCIA MODULADA ( F M )


O norte-americano Edwin Howard Armstrong, era um amante da música e se sentia insatisfeito com a qualidade das rádios AM.


É que as ondas desse tipo de rádio se propagam para lugares distantes, mas estão sugeitas a muitas interferências. Por isso, em 1912, Armstrong produziu o primeiro transmissor de frequência modulada, inventando a rádio em FM.


As primeiras transmissões confirmaram que ela exibia uma fidelidade muito melhor, porém com menor alcance.


As grandes redes americanas reagiram, temerosas de que a FM fosse uma ameaça.


Depois de uma demorada briga na Justiça e com suas patentes ameaçadas, Armstrong se suicidou em 1954.


A FM só se vingou na década seguinte.

( Crédito: Revista Galileu no 90 Editora Globo )


QUEM INVENTOU O RÁDIO ?



Não existe uma concordância mundial a respeito de quem inventou o rádio, da mesma forma que muitos paises não aceitam Santos Dumont como o Pai da Aviação. Alguns, creditam o descobrimento das ondas de rádio ao cientista e inventor italiano Gugliemo Marconi.

Comete-se uma injustiça a um cientista brasileiro, predecessor de Marconi e de outros.
Padre Roberto Landell de Moura, gaúcho, nascido em 21 de janeiro de 1861.
O padre-cientista, construiu diversos aparelhos que expôs ao público na capital paulista em 1893, tais como:
- o Teleauxiofono ( telefonia com fio )
- o Caleofono ( telefonia com fio )
- o Anematófono ( telefonia sem fio )
- o Teletiton ( telegrafia fonética, sem fio, com o qual duas pessoas podem comunicar-se sem serem ouvidas por outras )
- o Edífono ( destinado a ducificar e depurar as vibrações parasitas da voz fonografada, reproduzindo-a ao natural )


Nesta ocasião, estabeleceu os príncipios básicos em que se fundamentaria todo o progresso e a evolução das comunicações, tal como conhecemos hoje.


Suas teses, firmadas antes de 1890, previram a "telegrafia sem fio", a "radiotelefonia", a "radiodifusão", os "satélites de comunicações" e os "raios laser".


No ano de 1900, enquanto o grande feito de Marconi não ultrapassava a distância de 24 quilômetros, o Padre Landell de Moura obtinha do governo brasileiro a carta patente nº 3279, reconhecendo-lhe os méritos de pioneirismo científico, universal, na área das telecomunicações.


Em 1901, o Padre Landell de Moura, embarcou para os Estados Unidos e em fins de 1904, o The Patent Office at Washington concedeu-lhe três cartas patentes: para o telégrafo sem fio, para o telefone sem fio e para o transmissor de ondas sonoras.


Poderia se considerar o Padre Landell de Moura o precursor nas transmissões de vozes e ruídos outros. Suas patentes afirmam isso.
( Crédito: AGERT "Associação Gaucha de Emissoras de Rádio e Televisão" )


E quem inventou a Televisão ?


Como programa de televisão foi bem fraco.
Ao vivo, dos laboratórios de RÁDIO da General Electric, em Schenectady, Nova York, apresentamos..... um sujeito tirando os óculos. E depois pondo o óculos de novo. Depois, soprando um anel de fumaça.

Foi assim a primeira transmissão de televisão do mundo - destinada a apenas três casas. No entanto, naquela tarde de janeiro de 1928, um brilhante engenheiro da GE, o sueco Ernst F. W. Alexanderson, fundou um dos meios de comunicação mais poderosos e influentes da História.

Desde o começo do rádio no início dos anos 20, a corrida foi para juntar e transmitir som com imagens em movimento. Dois anos antes da demosntração de Alexanderson, o escocês John Logie Baird usara um artefato para transmitir a imagem bruxuleante de uma cabeça humana. A GE superou o feito de Baird.

Quatro meses depois da experiência de Alexanderson, a GE transmitia imagens três vezes por semana e os elementos básicos da televisão estavam implantados.

Em 1937, um sistema eletrônico mais refinado que utilizava o tubo de raios catódicos foi adotado pela BBC da Inglaterra.

Pouco sobrou para a imaginação desde então - o mundo podia ser visto e ouvido.

A origem da propaganda no Rádio


Um executivo de uma companhia inglesa de telegrafia enviou, no início do século, um memorando para seus chefes. Seu plano: transformar o rádio, então usado para comunicação a distância, numa utilidade doméstica como o piano e o fonógrafo. Recomendava que a empresa erguesse um transmissor potente e vendesse à população aparelhos receptores. O memorando foi arquivado.

Em 1921, o pugilista americano Jack Dempsey nocauteava o francês Georges Carpentier. Foi provavelmente o primeiro evento esportivo transmitido e acompanhado por cerca de 400.000 fãs. Fez tamanho sucesso que as estações de rádio passaram a proliferar nos Estados Unidos, sustentadas por publicidade.

Entre o memorando recusado e a transmissão do boxe decorreram apenas seis anos. Por trás estava a mesma pessoa: David Sarnoff, o visionário do rádio comercial. Sua genialidade consistiu em antever que ainda mais lucrativo do que produzir aparelhos de rádio era vender tempo e audiência. Por 40 anos Sarnoff foi o chefão da RCA ( Radio Corporation of America), como fora rebatizada a "MARCONI WIRELESS TELEGRAPH", quando a GE a adquiriu dos empregadores ingleses de Sarnoff.

Crédito: Nelson Blecher, revista EXAME

A origem da Válvula Eletrônica


Ele domesticou o raio e o trovão num minúsculo laboratório.

Nascido em um vilarejo de Ohio em 1847, Thomas Alva Edson tornou seu fascínio pela química e a telegrafia uma cadeia de sucessos empresariais que lhe permitiu construir, em 1876, um prédio acaixotado de dois andares, em Menlo Park, Nova Jersey.

Foi a primeira fábrica do mundo projetada para produzir invensões.

No ano seguinte, ele e um colega criaram uma máquina que traduzia vibrações em som - o fonógrafo.

Em 1879, a equipe de Menlo Park testou um filamento de papelão que podia brilhar durante dias. Depois de mil tentativas, Edison conseguiu criar uma lâmpada incandescente funcional.

Não ia inventar a luz elétrica ( isso já fora feito décadas antes ), mas criar uma lâmpada durável e barata, junto com todo um sistema de produção, da usina ao soquete.

Antes de Edison, a humanidade convivia com uma luz artificial tremida, efêmera e perigosa.

Em 1903, Edison produziu um dos primeiros filmes importantes, O Grande Roubo do Trem, somado a seus muitos inventos, como o transmissor de telefone, a fita de cotações da bolsa de valores, o fluoroscópio, a bateria e a lâmpada de "efeito Edison", que evoluiria para as "Válvulas de RÁDIO e televisão".

No total, deteve mais de 2 000 patentes. A inteligência prática vinda daquele laboratório suburbano nos fez ver e ouvir.

Anos depois, o Dr. John Ambrose Fleming aperfeiçoou a lâmpada de Edison, descobrindo os princípios da válvula termoiônica de dois eletrodos ou lâmpada detetora a filamento que proporcionou o desenvolvimento da radiotelefonia.

GUGLIELMO MARCONI E A PRIMEIRA COMPANHIA DE RÁDIO

Jovem cientista italiano, foi à Inglaterra, em 1896 e demonstrou o funcionamento de seus aparelhos de emissão e recepção de sinais.


Sentindo a importância comercial da telegrafia, pouco depois de se estabelecer em Londres, formou a primeira "companhia de rádio", marco inicial na industrialização de equipamentos.

A POPULARIZAÇÃO DO RÁDIO

Com o fim da 1a Guerra Mundial, a indústria americana Westinghouse ficou com um grande estoque de aparelhos de rádio fabricados para as tropas na guerra.


A radiodifusão nasceu meio por acaso, quando instalou-se uma grande antena no pátio da fábrica para transmitir música, e por meio desse "Marketing", comercializou os aparelhos "encalhados" para os habitantes do bairro.


No Rio de Janeiro, dia 7 de setembro de 1922, na comemoração do centenário da Independência do Brasil, ocorreu a primeira transmissão radiofônica oficial brasileira, transmitindo o dircurso do Presidente Epitácio Pessoa.

A PRIMEIRA EMISSORA DE RÁDIO BRASILEIRA

Edgard Roquete Pinto considerado "O pai do rádio brasileiro" e Henry Morize fundam em 20 de abril de 1923, a primeira rádio brasileira: Rádio Sociedade do Rio de Janeiro.


Surge o termo/conceito rádio sociedade ou rádio clube, em que os ouvintes, associados contribuíam com mensalidades capazes de acorrer aos custos operacionais e de manutenção.
Era voltada a cultura sem fins comerciais.

MARCONI O HOMEM QUE ILUMINOU O CORCOVADO

Apezar de alguns erros, o livro "MARCONI O Homem Que Iluminou o Corcovado" escrito por sua segunda esposa, conta sua vida particular com o grande cientista e Prêmio Nobel de Física, relatando o episódio que dá título ao livro, ocorrido em 12 de Outubro de 1931.


"Nesse mês, Marconi deslumbrou a cidade do Rio de Janeiro ao fazer iluminar, de Roma, pelas ondas do rádio, a estátua do Cristo Redentor no Corcovado." ( SIC ).

A PRIMEIRA EMISSORA DE TV DA AMÉRICA DO SUL

Arrebatando a primazia de todos os seus possíveis lançadores, tornou-se a Capital Paulista a pioneira da Televisão em tôda a América Latina, desde que foi oficialmente inaugurada a PRF-3TV, das Emissoras Associadas de São Paulo. A data foi a de 18 de setembro último (1950) e marcou o início de uma nova era no terreno eletrônico nacional.

Os estúdios da PRF-3TV situam-se num dos bairros mais altos de São Paulo, o Sumaré.

Montado segundo os mais modernos requisitos da técnica televisora, constitue a consagração do esforço daqueles a quem é devido, sendo o primeiro e, atualmente, o único do gênero em tôda a américa latina.

Às 17 horas do dia 18-09-1950, saindo da fase experimental em que se encontrava há várias semanas, subiu aos ares o primeiro programa regular de televisão, anunciado pela voz de Homero Silva, o conhecido locutor paulista.

O bispo auxiliar de São Paulo, D. Paulo Rolim Loureiro, do alto do palco de televisão, abençoou o estúdio, aspergindo água benta na câmara transmissora e dirigindo-se ao auditório em breves palavras.

A partir daí, Homero Silva e Lia Borges de Aguiar deram início ao programa, passando a leitura dos primeiros anúncios televisados já feitos no Brasil e que se constituiram numa homenagem às emprêsas que tornaram possível tão grandioso empreendimento.

Foram essas comemorações paraninfadas pela madrinha da PRF-3TV, a poetisa Rosalina Coelho Lisboa Larragoiti.

Encerrando essa primeira parte, foi então oferecido um cock-tail a todos os presentes.

Às 21 horas, foi dado início ao "Show" inaugural da TV. Sob o título "TV na Taba", constitui o ponto alto das festividades, tendo dele participado os principais elementos do "cast" das rádios TUPI e DIFUSORA.

O encerramento foi feito por Lolita Rodrigues que, com acompanhamento do coro entoou a "Canção da TV", cuja letra foi composta pelo poeta Guilherme de Almeida.
( Crédito: Revista Monitor de Rádio e Televisão, no 37, - outubro de 1950 )



A Origem do Baquelite


Quem mais lucrou com a invenção do plástico foram os elefantes. Por séculos, o marfim foi um material usado para quase tudo, de cabos de faca a bolas de bilhar. A partir de 1880, o baixo estoque de presas combinou-se com a popularidade do bilhar e disso resultou uma crise. A maior fabricante de bolas dos Estados Unidos, a Phelan e Collender, ofereceu 10.000 dólares em ouro ( uma bela fortuna na época) para o "gênio inventivo" que criasse o substitutivo sintético do marfim. Suspense entre os paquidermes do mundo inteiro!!!

Em suspense ficaram por muito tempo. Só um quarto de século mais tarde, em 1907, Leo Baekeland, inventor de origem Belga, que amealhara uma fortuna com o papel fotográfico de revelação rápida, fez a combinação certa de fenois e aldeído fórmico ( formol ). Surgiu assim o primeiro plástico sintético, o Baquelite. Ele era impermeável, resistente ao calor e aos ácidos, e ótimo isolante. Era ótimo para fazer bolas de bilhar e adequado também às nascentes indústrias automobilísticas e eletrônica. Uma grande vantagem era a versatilidade do novo material, sendo usado em tudo, de telefones a banheiros, de cinzeiros a caixas de rádios

A utilização do baquelite para a construção de caixas de rádios teve inicio nos anos 20, aumenta nos anos 30 e tem sua máxima aplicação nos anos 40. Posteriormente as resinas e plásticos mais baratos provocaram o desaparecimento do baquelite.

O baquelite, substituiu em muitos casos, os móveis de madeira, tendo também a vantagem de seu bom acabamento, fácil limpeza. inalterável ao calor e umidade. São muito apreciados porque apesar dos anos, conservam sempre o aspécto de novos e não necessitam de manutenção.



NOVELEIRO


Noveleiro foi uma designação muito carinhosa usada pelos radioamadores mais antigos, quando se referenciavam aos rádios domésticos, pois em décadas passadas as novelas eram transmitidas através das ondas de rádio. Quem não se lembra de Mamãe Dolores e tantas outras mais?.




RABO QUENTE


Rabo Quente foi um termo que apareceu no Brasil entre o final de 1940 e início da década de 50, para designar os rádios alimentados por tensão 110 ou 220 volts AC/DC (sem transformador).

Para alimentar os filamentos das válvulas que eram ligadas em série, usava-se um resistor de fio que ficava ao longo do cordão de alimentação. Após algumas horas de funcionamento, o cordão de alimentação aquecia, principalmente quando usado em 220 volts.

Daí o termo rabo quente.


A invenção do Telégrafo


Nenhuma invenção encolheu o mundo de forma tão espetacular quanto o telégrafo, capaz de levar mensagens através de mares e continentes.
Não admira que Samuel F. B. Morse, ao inaugurar sua primeira linha telegráfica, tenha lançado mão de uma expressão bíblica "O que Deus tem feito !"

Quando voltava de navio para os Estados Unidos de uma temporada de estudos de arte na Europa, Samuel F. B. Morse participou de uma conversa sobre o Eletromagneto. Assim surgiu a idéia do Telégrafo.

Cinco anos depois, em 1837, ele demonstrou o invento, enviando sinais através de 500 metros de fio.

Em 1844, quando transmitiu em código morse de Washington para Baltimore a famosa frase bíblica, não havia mais dúvidas de que Morse, influente pintor e editor, além de inventor, tinha criado um meio revolucionário de comunicação.

O telégrafo de Morse, revelado em 1838, não foi o primeiro desses mecanismos. Os ingleses William Cooke e Charles Wheatstone tinham apresentado no ano anterior um modelo que usava agulhas para soletrar palavras.

O invento de Morse era, de longe, o mais prático. O remetente apenas precionava uma tecla na linguagem de pontos, e traços eram automaticamente marcados sobre o papel do outro lado da linha.

O aparelho e o código de Morse tornaram-se padrões internacionais.

O telégrafo teve uma expanção muito grande com o advento das ondas de rádio no final do século 19.

Nas primeiras experiencias com ondas de rádio efetuadas por Marconi, era comum usar o código Morse para envio de sinais, ( o sinal transmitido era interrompido e liberado na cadência do código ) visto que nessa época não havia sido inventado o sistema de modulação pela voz.

Em 1910, Paris torna-se o centro do mundo na divulgação do tempo, inaugurando um transmissor na torre Eifel para divulgar periodicamente a hora.

A divulgação da hora era feita por intermédio de sinais Telegráficos para os poucos rádios de galena existentes.

QUE É UM RECEPTOR DE COMUNICAÇÃO ?

RECEPTORES DE COMUNICAÇÃO


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O QUE É UM RECEPTOR DE COMUNICAÇÃO

Se você já tentou sintonizar uma estação de radioamador em um rádio comum para AM certamente encontrou alguma dificuldade. A intensidade do sinal captado é relativamente fraca, uma vez que a potência de um transmissor de radioamador é bem menor que a potência do transmissor de uma estação de radiodifusão comercial, que gira em torno de 5 kW até mais de 50 kW. Por outro lado, a sintonia de uma estação de radioamador é algo crítico nesse aparelho, pois as faixas destinadas aos amadores são bem mais estreitas, por exemplo a faixa de 40 metros, que vai de 7,0 MHz até 7,3 MHz.

Os fatos mencionados estabelecem as primeiras características técnicas de um receptor de comunicações:

boa sensibilidade - capacidade de receber sinais fracos;

boa seletividade - capacidade de sintonizar estações que transmitem em freqüências bem próximas, além de outras que serão analisadas mais adiante.

Na atualidade, praticamente todos os receptores usados nas estações dos radioamadores são do tipo super-heteródino.

Apesar do princípio básico de funcionamento ser o mesmo entre um receptor comum para radiodifusão (como aquele usado em casa) e um receptor de comunicações, existem algumas diferenças. Um receptor de comunicações é um receptor de rádio comum com certos refinamentos para que possa desempenhar as suas funções adequadamente.

Entre esses refinamentos podemos citar, por exemplo, o amplificador de RF, a dupla conversão, o limitador de ruídos, o silenciador, o indicador de intensidade de sina (ou S METER), o oscilador de batimento (ou BFO), o band-spread (ampliação de faixa), entre outros.

A CONVERSÃO DE FREQÜÊNCIA

O princípio de funcionamento de um receptor super-heterodino é o da conversão de freqüência: o sinal captado pela antena do receptor é misturado com um outro sinal gerado por um circuito especial (o oscilador local) do próprio receptor, e cuja freqüência é um pouco superior à freqüência do sinal sintonizado. Como resultado dessa mistura (batimento) obtém-se um terceiro sinal de freqüência fixa igual à diferença entre as duas anteriores, e que denomina-se freqüência intermediária ou apenas FI.

O AMPLIFICADOR DE RF

Encontramos o circuito amplificador de RF somente em equipamentos de construção mais elaborada, como em alguns tipos de auto-rádios.

Nos receptores de comunicação, a amplificação de radiofreqüência antes do processo de conversão é praticamente obrigatória. O objetivo deste procedimento é conseguir uma elevada sensibilidade e uma alta seletividade, entre outros requisitos; porém, de todos eles o mais importante é a seletividade, conforme veremos mais adiante.

O BAND-SPREAD

Este é o dispositivo específico e exclusivo dos receptores de comunicações.

Num receptor comum de radiodifusão (AM), a faixa de ondas médias vai de 550 kHz a 1600 kHz. Vamos supor que o comprimento dessa escala gravada no mostrador (ou dial) do aparelho seja de 9 cm. Assim, teremos 1600 kHz - 550 kHz = 1050 kHz distribuídos ao longo do mostrador, o que nos permitirá uma sintonia razoavelmente cômoda das estações que operam nesta faixa.

Ainda nesse receptor, vamos imaginar que a faixa de ondas curtas vá de 6 MHz a 18 MHz. Neste caso, teremos 18 MHz - 6 MHz = 12 MHz (ou 1200 kHz) distribuídos ao longo dos mesmos 9 cm. Como é fácil notar, aqui a sintonia das estações se torna um pouco crítica, pois a largura da faixa sintonizada é muito maior (12 MHz) para um mesmo comprimento da escala (9 cm). E se quisermos sintonizar a banda de 40 m, a dificuldade aumenta, pois seremos obrigados a explorar os 300 kHz (de 7000 kHz a 7300 kHz) em 3 ou 4 mm da escala.

Como vemos, torna-se necessário empregar algum método que permita abrir ou ampliar mais a faixa, de modo que possamos sintonizar, por exemplo, o espectro de 300 kHz da faixa de 40 m ao longo de todo o dial.

Um dos processos utilizados para esse fim consiste em usar um capacitor variável (de pequeno valor) ligado em paralelo com o capacitor variável de sintonia principal (tanto no circuito de antena como no circuito de oscilador local). Este sistema requer o emprego de dois mostradores. Um deles, correspondente ao variável de sintonia principal, possui as escalas gravadas com as freqüências das diversas faixas cobertas pelo receptor. O outro, correspondente ao variável de ampliação de faixa (ou band-spread) normalmente possui a escala dividida em 100 partes.

O band-spread é usado em conjunto com o variável de sintonia principal, e permite separar as estações que estejam muito próximas no mostrador principal.

Muitos receptores de comunicação para uso exclusivo dos radioamadores já são projetados com as faixas ampliadas, mesmo assim possuem o band-spread.

FREQÜÊNCIA-IMAGEM

Nos receptores de comunicação o problema da freqüência-imagem é muito importante. Portanto analisaremos mais detalhadamente tal fenômeno.

Como dissemos, a freqüência do sinal resultante da conversão (sinal de FI) é igual à diferença entre a freqüência do sinal do oscilador local e a freqüência do sinal captado pela antena. Em geral, a freqüência do sinal gerado pelo oscilador local é maior do que a do sinal sintonizado. Mas se for menor, o receptor super-heteródino também funcionará, desde que a diferença mencionada seja a mesma à da FI do aparelho.

Vamos imaginar que dispomos de um receptor cuja FI é de 100 kHz. Com ele desejamos ouvir as estações de radioamadores que operam na banda de 40 metros.

Se sintonizarmos uma estação que esteja transmitindo em 7040 kHz, por exemplo, o oscilador local do receptor irá trabalhar em 7140 kHz. Como resultado teremos um sinal de 7140 kHz - 7040 kHz = 100 kHz, que é a FI do aparelho, portanto ele será amplificado no estágio de FI, detectado, novamente amplificado no estágio de AF e finalmente reproduzido pelo alto-falante.

Caso nesse instante haja uma outra estação transmitindo em 7240 kHz, e admitindo que a seletividade do circuito de antena não seja tão aguda, de modo que ele consiga chegar até o misturador, o sinal de 7240 kHz irá misturar-se com o de 7140 kHz do oscilador, resultando um sinal de FI, pois: 7240 kHz - 7140 kHz = 100 kHz.

Em resumo, quando o receptor está sintonizado em 7040 kHz, além da emissora que transmite nesta freqüência, também escutaremos o sinal da estação que opera em 7240 kHz (a segunda emissora irá interferir na primeira). Neste exemplo, o sinal de 7240 kHz recebe o nome de sinal-imagem e a sua freqüência denomina-se freqüência-imagem.

Observe também que no exemplo dado, o sinal-imagem será ouvido em duas situações: a primeira quando o receptor estiver sintonizado em 7040 kHz e a segunda quando o aparelho for sintonizado nos próprios 7240 kHz, pois neste caso, o oscilador local irá trabalhar em 7340 kHz, resultando: 7340kHz - 7240 kHz = 100 kHz (FI).

É importante frisar que a freqüência-imagem sempre é igual à freqüência do sinal sintonizado mais duas vezes o valor da FI. No exemplo dado, 7240 kHz = 7040 kHz + 2 x 100 kHz + 200 kHz .

Num receptor comum de AM, que disponha de faixas de ondas curtas (entre 6 MHz e 18 MHz por exemplo), é bem fácil observarmos o problema ora analisado.

Em primeiro lugar, devemos conectar uma boa antena ao aparelho. Um simples fio estendido, com um comprimento de 12 m a 15 m, já é o suficiente.

A seguir sintonizamos o aparelho por volta de 6200 kHz (ou 6,2 MHz), um pouco acima da rádio Bandeirantes (49 metros). Nessa região do dial, fatalmente iremos escutar alguma estação de radioamador. Se "subirmos" a sintonia do receptor até aproximadamente 7110 kHz (ou 7,11 MHz), voltaremos a escutar a mesma estação de radioamador, agora com maior intensidade.

Observe que o lugar correto da emissora de radioamador, no dial do aparelho, é de 7110 kHz e não em 6200 kHz. Mas como a seletividade do circuito de antena do receptor não é muito aguda, quando o aparelho está sintonizado em 6200 kHz ocorre que o sinal de 7110 kHz também consegue entrar no conversor, apesar de relativamente atenuado. Por outro lado, lembrando que a FI do receptor é de 455 kHz, portanto, 6200 kHz + 2 x 455 kHz = 6200 kHz + 910 kHz = 7110 kHz.

Em outras palavras, o sinal de 7110 kHz aparece como sinal-imagem e pode causar interferências quando o receptor está sintonizado em 6200 kHz.

Para os receptores comuns de radiodifusão (AM) na faixa de ondas médias, o problema da freqüência-imagem praticamente não existe. Como nesses aparelhos a FI é de 455 kHz, o sinal-imagem cai fora dessa faixa. Já nas faixas de ondas curtas, esse problema é sentido mais de perto, pois as freqüências sintonizadas são mais altas.

Uma solução para evitar tal problema seria aumentar o valor da FI. Com isso o sinal-imagem ficaria mais distanciado do sinal sintonizado, e a própria seletividade do circuito de antena encarregar-se-ia de atenuá-lo o suficiente, de modo a evitar que esse sinal-imagem chegasse até o misturador. Entretanto, se aumentarmos o valor da FI perdemos em sensibilidade, pois o ganho do estágio de FI é maior em freqüências baixas.

Em vez de aumentar muito o valor da FI nos receptores de comunicação o problema é resolvido elevando-se a seletividade dos circuitos prévios ao conversor. Aqui vemos a necessidade do estágio amplificador de RF antes do conversor nesse tipo de receptor.

O PROCESSO DA DUPLA CONVERSÃO

Uma outra maneira de se eliminar o sinal-imagem consiste em utilizar duas vezes o processo da conversão de freqüência. Este procedimento denomina-se dupla conversão. Com ele conseguimos melhorar bastante a seletividade do aparelho, daí o seu largo emprego nos receptores de comunicação.

O processo consiste em obter, pelo batimento do sinal sintonizado no circuito de antena com o sinal gerado no 1.º oscilador local, uma FI de valor alto. Em seguida, há um novo batimento entre essa FI elevada e o sinal gerado pelo 2.º oscilador local, resultando numa outra FI, mas agora de valor baixo.

Na primeira etapa desse processo conseguimos uma boa rejeição do sinal-imagem porque empregamos uma FI elevada (4,6 MHz por exemplo). E na segunda etapa, como usamos uma FI baixa (455 kHz por exemplo), ganhamos bastante em sensibilidade.

Nos receptores que empregam a dupla conversão, geralmente a sintonia é feita com um capacitor variável de três seções, unicamente na primeira conversão. A seção "Ca" desse capacitor é usada na sintonia do circuito de antena, a seção "Co" na sintonia do circuito do oscilador local e, por fim, a seção "Cc" é utilizada na sintonia do circuito que acopla a saída do amplificador de RF com a entrada do 1.º misturador. Daí em diante (até a saída do amplificador de FI) todas as demais sintonias são fixas, isto é, uma vez ajustados os circuitos sintonizados, não tocamos mais neles.

Uma outra característica da dupla conversão é que, em geral, o 2.º oscilador local trabalha numa freqüência fixa, o que proporciona uma grande estabilidade de freqüência. Para isso, o 2.º oscilador local emprega um cristal de quartzo, pois este componente é utilizado nos osciladores de freqüência fixa proporcionando grande estabilidade de freqüência.

Para entendermos melhor o processo de dupla conversão, vejamos um exemplo prático:

Vamos supor que o sinal sintonizado e captado pela antena seja de 7200 kHz; depois de passar pelo amplificador de RF, ele estará presente na entrada do 1.º misturador. Ao mesmo tempo, na entrada do 1.º misturador também estará presente o sinal gerado pelo 1.º oscilador local, cuja freqüência vale, nesta situação, 11800 kHz. Do batimento entre esses dois sinais resultará o 1.º sinal de FI em: 11800 kHz - 7200 kHz = 4600 kHz (freqüência fixa).

O AMPLIFICADOR DE FI

Num receptor de comunicação o estágio amplificador de freqüência intermediária reveste-se de grande importância, já que dele dependem, em grande parte, a seletividade e a sensibilidade totais do aparelho.

Em geral, o estágio amplificador de FI é constituído por dois ou três circuitos ligados em cascata, dependendo da categoria do receptor de comunicação.

A diferença básica entre os amplificadores de FI dos receptores comuns de radiodifusão e aqueles utilizados nos receptores de comunicação relaciona-se com a faixa passante.

Nas estações de radiodifusão, a freqüência máxima do sinal modulador é limitada em 5 kHz, a fim de se obter uma reprodução razoável dos programas musicais. Por outro lado, nas estações de comunicação geral (como as de radioamadores), a freqüência máxima do sinal modulador é fixada, por norma, em 3 kHz.

Nos receptores, o canal de FI deve permitir a passagem das duas faixas laterais produzidas pelo sinal modulador. Assim, num receptor de radiodifusão a faixa passante (ou largura de faixa) do amplificador de FI vale 10 kHz (5 kHz de cada lado da freqüência central). Por outro lado, num receptor de comunicação a faixa passante vale 6 kHz (3 kHz de cada lado da freqüência central).

DETECTOR DE CAG

O circuito detector de AM usado nos receptores de comunicação é do tipo convencional a diodo.

A tensão CC negativa (ou positiva, conforme o caso) resultante da "retificação e filtragem" do sinal obtido na saída do amplificador de FI é a tensão do CAG. Nos receptores de comunicação com dupla conversão, essa tensão CC do CAG comanda automaticamente o ganho do amplificador de FI e do 2.º misturador, na maioria das vezes.

Nos receptores de comunicações, o ganho do amplificador de RF é geralmente controlado manualmente, e não pela tensão do CAG. Esse controle é comumente denominado ganho de RF (RF gain), ou controle de sensibilidade.

Nos circuitos valvulados, o controle de sensibilidade é um simples potenciômetro ligado entre a massa e o cátodo da válvula amplificadora de RF.

Nos receptores comuns de radiodifusão, o usuário não tem acesso ao CAG. Já nos receptores de comunicação existe um interruptor que permite, ao operador, desligar o CAG. Essa operação normalmente é feita durante a recepção de estações telegráficas.

LIMITADOR DE RUÍDOS

Muitas vezes o sinal captado pela antena do receptor vem acompanhado de uma certa quantidade de ruído provocado por descargas elétricas, motores elétricos, sistemas de ignição de automóveis, etc. O ruído superpõe ao sinal útil, dificultando o entendimento da mensagem recebida. Deste modo, o uso de um limitador de ruído, num receptor de comunicações, é quase obrigatório.

No receptor de comunicação, o limitador de ruído vem conjugado com um interruptor, de forma a permitir que o circuito seja colocado em ação quando houver necessidade.

O AMPLIFICADOR DE AF

Num receptor comum de radiodifusão (AM), a faixa de passagem do amplificador de AF estende-se desde 50 Hz até 5kHz, aproximadamente. Nos receptores de FM, essa faixa vai até os 15 kHz ou um pouco mais. Com tal procedimento, consegue-se uma boa fidelidade na reprodução tanto da voz como da música. Além disso, a etapa de saída do amplificador de áudio é projetada para fornecer a máxima potência sem distorção no alto-falante.

Num receptor de comunicação, a mensagem recebida é constituída da voz (fonia) ou de sinais em código morse (telegrafia), de modo que não é necessária uma fidelidade muito alta. Nos receptores desse tipo, a faixa de passagem do amplificador de AF vai de 300 Hz a 3 kHz, o que garante uma boa inteligibilidade. Por outro lado, a etapa de saída é projetada para uma potência bem menor (em geral de 3W a 6W), apenas o suficiente para excitar o alto-falante ou o fone de ouvido.

A maioria dos receptores para radioamadores inclui um jaque de fone de ouvido. Encaixando-se o plugue nesse jaque o alto-falante fica fora do circuito, funcionando apenas o fone de ouvido. Este procedimento é muito útil quando se escutam estações distantes ou quando não se quer molestar os vizinhos com o som produzido pelo alto-falante.

Todo receptor de comunicação está projetado para um certo tipo de fone, normalmente de alta ou baixa impedância. Os de alta impedância são, em geral, de 10 kW ou mais; os de baixa impedância normalmente são de 80 kW ou 40 kW. Em qualquer caso, para se obter os melhores resultados é aconselhável usar o tipo correto de fone, recomendado pelo fabricante do receptor.

Em muitos receptores de comunicação, o alto-falante é instalado numa pequena caixa à parte. Quanto maior seu tamanho, melhor a qualidade sonora. Os fabricantes de receptores comumente especificam o tamanho (diâmetro, em polegadas) e a potência do alto-falante requerido.

Quanto aos controles do amplificador de AF, volume (ou ganho de áudio) e tonalidade - este pode ser de variação sem escalões (ou graus) ou de variação contínua - constituem um refinamento não essencial ao perfeito desempenho do aparelho.

O ESSÍMETRO

A denominação ESSÍMETRO vêm do inglês signal strenght meter e significa medidor de intensidade de sinais. É também conhecido como s-meter e medidor de s.

Trata-se de um dispositivo que proporciona uma indicação visual, mas relativa, da intensidade dos sinais captados pelo receptor. Essa indicação quase sempre se obtém por meio de um medidor de bobina móvel, cuja escala está graduada de acordo com um código preestabelecido (unidade "S").

O essímetro é usado como "indicador visual de sintonia", indicando o ponto correto de sintonia de uma determinada estação: nesse ponto, a deflexão do ponteiro do medidor é máxima.

Em geral, para se estabelecer comparações exatas dos sinais recebidos, é necessário que o controle de ganho de RF do receptor esteja todo aberto (virado para a direita) quando este controle existir. Somente assim as indicações do medidor serão corretas.

O BFO

Um receptor comum de AM não é capaz de reproduzir os sinais telegráficos do tipo A1 (onda portadora interrompida), uma vez que esses sinais não possuem nenhuma modulação.

Para que seja possível a recepção de sinais em código morse, do tipo A1, ao receptor de AM deve ser incorporado um oscilador de freqüência de batimento (ou BFO). Trata-se de um simples circuito oscilador que gera um sinal de freqüência próxima à freqüência do sinal da 2.ª FI do receptor. Da mistura desses dois sinais, no detector, resulta um sinal de áudio que é reproduzido no alto-falante. A freqüência de tal oscilador pode ser variada dentro de certos limites, até que se obtenha um tom agradável (por volta de 1 kHz).

FONTE DE ALIMENTAÇÃO

Nos receptores de comunicação a fonte de alimentação normalmente possui um transformador de energia, o qual fornece os diversos valores de tensão e corrente adequados aos circuitos do aparelho.

A retificação da tensão CA da rede elétrica, em geral, é obtida do tipo de onda completa, onde são utilizados diodos retificadores ou pontes retificadoras de silício.

O sistema de filtragem de uso mais comum é o do tipo RC. O seu emprego é altamente vantajoso devido ao custo relativamente baixo e ao nível de ondulação (ripple), perfeitamente tolerável neste tipo de aparelho.

A maioria dos receptores para radioamadores possui uma chave comutadora de duas posições (transmissão/recepção) que funciona como stand-by. Quando ela está na posição transmissão, o receptor não funciona, pois a chave desliga a alimentação do +B do aparelho; nos receptores valvulados, os filamentos permanecem ligados. Quando na posição recepção, o receptor funciona normalmente, pois a chave liga o seu +B.

A utilização dessa chave comutadora é necessária para evitar que o receptor capte os sinais emitidos pelo transmissor da própria estação de radioamador.

DIAGRAMA EM BLOCOS DE UM RECEPTOR DE COMUNICAÇÃO

Em linhas gerais, o funcionamento do aparelho resume-se no seguinte: o sinal sintonizado sofre uma primeira conversão, de onde se obtém um sinal de FI de alto valor. Em seguida, ocorre uma segunda conversão, resultando um sinal de FI de baixo valor. Este sinal então é amplificado adequadamente, para logo após ser detectado. Na saída do detector teremos apenas o sinal de AF (correspondente à informação transmitida). Depois de passar pelo limitador de ruído, quando necessário, o sinal de AF também é simplificado para finalmente ser reproduzido pelo alto-falante do aparelho.

O circuito CAG fornece a tensão CC necessária para comandar o ganho do amplificador de FI e do segundo misturador. Além disso, a tensão do CAG também é utilizado no funcionamento do essímetro, uma vez que ela é diretamente proporcional à intensidade do sinal captado pelo receptor.

Na recepção de sinais telegráficos (A1), o BFO gera um sinal de RF com valor próximo ao da segunda FI, com o que é possível demodular aqueles sinais.

Por fim, temos a fonte de alimentação, que fornece as tensões necessárias ao funcionamento dos diversos circuitos do receptor.


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FALANDO DE ONDAS CURTAS

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Tipos de interferência que afetam a recepção


INTRODUÇÃO
PANORAMA DAS RADIO INTERFERÊNCIAS E INTERCEPTAÇÕES
INTERFERÊNCIA ELETROMAGNÉTICA ( EMI / RFI )
ALGUMAS PRÁTICAS ÚTEIS
EXEMPLOS DE CASOS REAIS
GLOSSÁRIO


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INTRODUÇÃO

Infelizmente, são poucos os radio escutas que nunca se deparam com fortes ruídos no seu receptor, nitidamente provenientes de fontes geradas pelo homem. Em especial, nos grandes centros urbanos, onde estão as principais fontes potenciais de interferências e geração de ruído elétrico, este problema se acentua.

O objetivo é demonstrar de forma prática as principais fontes de interferência para que se possa extrair ao máximo da pratica de radio escuta. Como pode-se constatar, a eliminação dos ruídos é muito complicado, não só pelos aspectos técnicos, mas principalmente pela viabilidade do processo, seja financeiro ou logístico.

Como regra geral, a melhor forma de diminuir os ruídos elétricos que tanto causam transtornos para as escutas, é a construção de antenas bem dimensionadas e principalmente, posicionadas adequadamente, naturalmente, o mais longe possível das fontes interferentes. Como exemplo de um dos processos que inviabiliza a eliminação dos ruídos, é a ausência de espaço físico para o correto posicionamento da antena quando se mora em apartamentos ou em determinados condomínios.

De qualquer forma, é importante conhecer um pouco deste tema, pois algumas ações são perfeitamente possíveis, o que pode fazer a diferença entre se ouvir um sinal audível de uma emissora desejada, ou apenas irritantes ruídos. Existem excelente literatura disponível sobre o assunto, porém, a maioria no idioma inglês. No Brasil temos o Handbook do Radioamador publicado pela Edusp, que trata desta questão de forma conceitual e aborda as interferências causadas pelas estações de radio amador. Também, o Handbook do Radio Amador do ARRL ( liga norte americana de radio amadores ), é uma ótima fonte de informações.




PANORAMA DAS RADIO INTERFERÊNCIAS E INTERCEPTAÇÕES

As radio interferências existem há centenas de milhares de anos; todavia, somente desde a existência do rádio, há aproximadamente 80 anos, tomamos conhecimento delas. No decorrer dessas oito década, elas se tornaram fontes de irritação e de aborrecimentos a muitos usuários de equipamentos eletrônicos do mundo inteiro. Para uma radio interferência produzir efeitos maléficos, são necessários dois agentes : um que produz e outro que intercepta. Quando a interferência é proveniente da natureza, só há um aborrecido : quem a intercepta. Quando ela tem, porém, origem tecnológica, pode causar problemas tanto para o produto quanto para o interceptor. Neste ultimo caso, como cada equipamento funciona bem sozinho, porém apresenta problemas quando está próximo de outro, adotou-se a expressão "incompatibilidade eletromagnética". Essa expressão engloba a emissão de ondas não essenciais e a interceptação indevida das que são consideradas essenciais para outras estações.

O produtor da interferência tecnológica não é sempre um transmissor de rádio. Ele pode ser uma linha de alta tensão com fuga, um motor universal sem supressor, uma fabrica com aquecimento dielétrico, um ambulatório com diatermia, algumas lâmpadas fluorescentes, ou mesmo um mau contato de fios de cobre, com superfícies oxidadas. Por este motivo, é apresentada uma tabela mais ampla da problemática de interferências, classificando-as conforme suas origens, gêneros e manifestações, indicando em seguida exemplo típicos e as soluções indicadas, quando houver.

Quando falamos de interferências radio elétricas, em seu sentido mais restrito, geralmente referimo-nos às que aparecem em receptores de sinais de sons, imagens, ou outras informações, ou até em equipamentos domésticos de áudio freqüência, em conseqüência de irradiações de radio freqüências destinadas a transmitir sons, imagens os outras informações.

Quando se trata de incorporação de filtros em equipamentos de recepção e de sonorização, o primeiro contra-argumento costuma ser o custo presumido desses dispositivos.

Gêneros
Exemplos
Soluções Viáveis

Radio interferências de origem natural Relâmpagos, descargas atmosféricas inibidores de picos ( noise blankers ) nos receptores

Radio interferências de origem tecnológica

Radio interferência causada por dispositivos de baixa freqüência

Motores com escovas e outros dispositivos com faiscamento Supressores resistivos nos motores; inibidores de picos ( noise blankers ) nos receptores
Ignição de motores de combustão Supressores resistivos nos motores; inibidores de picos ( noise blankers ) nos receptores
Fugas em redes de distribuição de energia elétrica Localização e eliminação de fugas
Equipamentos digitais ( ruído branco ) Blindagens, capacitores supressores na linha de alimentação
Iluminação com gás ionizado. Iluminação com dimmer Capacitores supressores na linha de alimentação

Radio interferência causada por dispositivo de alta freqüência não relacionado com telecomunicação Aquecimento dielétrico industrial, aquecimento indutivo industrial, aparelho de diatermia Blindagens, filtros de RF na linha de alimentação

Radio interferências originadas de dispositivos de telecomunicações

Interferências ativas Harmônicos, transientes ( manipulação telegráfica ), oscilações parasitas, espalhamento por excesso de modulação e outros espúrios ( estágios multiplicadores ) Filtros de rejeição, filtros passa-faixa,, filtros passa-baixas e filtros passa-altas

Interferências passivas. Elementos não lineares Oxidação em ligação elétrica, corrosão em encanamento, reles de antenas oxidados, antena de TV corroída e reforçador de sinais transistorizado abandonado Localização da fonte passiva de interferência por meio de instrumental e eliminação dos pontos de retificação

Interferência por interação Radio Federal 2 x 760 kHz, menos Radio MEC 800 kHz, igual Radio Carioca 720 kHz Mudança da Radio Carioca para 710 kHz

Suscetibilidade para radio interferências

Equipamentos não relacionados com radiofreqüências Amplificadores de alta fidelidade, toca discos, gravadores, órgãos eletrônicos, sistemas de sonorização, telefones Capacitores de bloqueio, reatores, anéis de ferrita, melhoria de blindagem

Equipamentos de telecomunicações Receptores de radio e receptores de televisão Filtros de rejeição, filtros passa-faixa, filtros passa-altas, filtros passa-baixas, evitar modulação cruzada por sobrecarga, filtragem de RF na alimentação de energia elétrica, melhoria de blindagem, realocação de antena, proteção à linha de transmissão. EM HF : melhor aterramento



Em destaque, os isoladores e o corpo principal do transformador

Exemplo de fonte inesgotável de interferência elétrica. Um caso típico de geração de interferência de RF a partir de 60 Hertz até VHF. Especialmente quando há falhas nas placas internas e centelhamento nos isoladores, devido a falhas de manutenção e problemas de qualidade nos materiais utilizados.


Em destaque, as torres da rede elétrica e de RF

Um problema típico das grandes cidades, em especial nos locais próximos as torres de transmissão de emissoras de televisão e radio difusão. A sobrecarga de RF aliado a problemas de ajustes nos transmissores e antenas, gera dificuldades de recepção nas ondas curtas. Isto requer a construção de antenas adequadas e receptores de ótima qualidade, com excelente seletividade de front-end, rejeição de imagens, processamento digital de sinais e outra caracterísitcas. E também, para amenizar os ofensores à escuta das ondas curtas, pode-se utilizar filtros passa-baixas ou passa-altas, antenas loop e etc. Mais informações sobre caracterísitcas técnicas de receptores acesse a página de Artigos Técnicos.

INTERFERÊNCIA ELETROMAGNÉTICA ( EMI / RFI )

O conhecimento é uma dos mais valiosas ferramentas para solucionar problemas de EMI. Um cura bem sucedida de EMI geralmente requer familiaridade com a tecnologia relevante e procedimentos de diagnóstico.

Vitima de Caminho-Fonte

Todos os casos de EMI envolvem uma fonte de energia eletromagnética, um dispositivo que responde a esta energia ( vítima ) e um caminho de transmissão que permite a energia fluir da fonte à vitima. Algumas das principais fontes estão relacionadas na tabela acima. Existem três caminhos que a EMI pode viajar da fonte à vitima : irradiação, condução e indução. A EMI irradiada se propaga por irradiação a partir da fonte, através do espaço para a vitima. Um sinal conduzido viaja através de fios conectados à fonte e a vitima. A indução ocorre quando dois circuitos estão magneticamente acoplados. A maioria do EMI ocorre através de condução, ou alguma combinação de irradiação e condução. Por exemplo, um sinal é irradiado pela fonte e captado por um condutor anexado à vitima ( ou diretamente pelo circuito da vitima ) e é então conduzido para dentro da vitima. A EMI por indução é rara.

Modo Diferencial vs. Comum

É importante entender as diferenças entre os sinais conduzidos de modo-diferencial e modo-comum. Cada um destes modos de condução requerem curas de EMI diferentes. As curas para modo-diferencial, ( o típico filtro passa-alta, por exemplo ), não atenuam sinais de modo-comum. Por outro lado, um "choke" típico de modo-comum não afeta a interferência resultante de um sinal de modo-diferencial.

As correntes de modo diferencial geralmente apresentam dois condutores facilmente identificáveis. Em uma linha de transmissão de dois fios, por exemplo, o sinal deixa o gerador em uma linha e retorna pela outra. Quando os dois condutores estão muito próximos, eles formam uma linha de transmissão e existe uma diferença de fase de 180° entre seus respectivos sinais. É relativamente simples construir um filtro que passe os sinais desejados e eliminam sinais não desejados para a linha de retorno. A maioria dos sinais desejados, tais quais os sinais de TV dentro de um cabo coaxial são sinais de modo diferencial.



Em um circuito de modo-comum, muitos fios de um sistema multi fios agem como se eles fossem um único fio. O resultado pode ser uma boa antena, tanto como irradiadora ou como um receptor de energia não desejada. O caminho de retorno é geralmente o aterramento da Terra. Desde que a fonte e os condutores de retorno são geralmente bem separados, não existe nenhuma diferença de fase confiável entre os condutores e nenhum lugar conveniente para drenar ( shunt ) os sinais não desejados. Os choques toróides são a resposta para a interferência de modo-comum. A explicação a seguir se aplica a núcleos de bastão assim como toróides, mas desde que os núcleos de bastão podem se acoplar com circuitos próximos, use-os apenas como ultimo recurso.



Os toróides trabalham diferentemente, mas igualmente bem, com cabos coaxiais e condutores em pares. Um sinal de modo-comum em um cabo coaxial é geralmente um sinal que está presente no lado de fora do cabo blindado. Quando enrolamos o cabo ao redor de um núcleo de ferrite toróide o choque se apresenta como uma reatância em serie com o lado de fora da blindagem, mas não tem nenhum efeito nos sinais dentro do cabo por causa que seu campo é ( idealmente ) confinado dentro da blindagem. Como condutores de pares tais quais cabos-paralelos, os sinais com fase oposta estabelecem fluxos magnéticos de fase opostas no núcleo. Estes fluxos "diferenciais" cancelam entre si, e não existe nenhuma reatância em rede para o sinal diferencial. Para sinais de modo-comum, entretanto, o choque aparece como uma reatância em serie com a linha.

Os choques de toróide trabalham pior com cabos de condutor único. Devido a não existir nenhuma corrente de retorno para estabelecer um fluxo de cancelamento, o choque se apresenta como uma reatância em serie com ambos o sinais desejados e não desejados.

Fontes de EMI

As causas básicas de EMI podem ser agrupadas em diversas categorias :

efeitos de sobrecarga fundamental

ruído externo

emissões espúrias de um transmissor

distorção de intermodulação ou outro sinal espúrio externo

Como um investigador de EMI, você deve determinar quais destes estão envolvidos no seu problema de interferência. Uma vez que você o faça, será mais fácil selecionar a cura necessária.

Sobrecarga Fundamental

A maioria dos casos de interferência são causados por sobrecarga fundamental. O mundo está repleto de sinais de RF. Os equipamentos adequadamente projetados devem ser capazes de selecionar o sinal desejado, enquanto rejeitam todos os outros. Infelizmente, devido a deficiências de projeto tais quais blindagens inadequadas ou filtros, alguns equipamentos são incapazes de rejeitar sinais fortes fora da faixa.

Um sinal fundamental forte pode entrar no equipamento de diversas formas diferentes. O Mais comum, é ser conduzido para dentro por fios conectados a este. Condutores possíveis incluem antenas e linhas de alimentação, cabos de interconexão, transmissão de potencia e cabos de terra. As antenas de TV e linhas de alimentação, telefones ou cabeamento de alto falantes e cabos de AC são os pontos mais comuns de entrada.

O efeito de um sinal interferente está diretamente relacionado a sua intensidade. A intensidade de um sinal irradiado diminui com o quadrado da distancia de sua fonte : quando a distancia da fonte dobra, a intensidade do campo eletromagnético decai a um quarto de sua intensidade na distancia original a partir da fonte. Esta característica pode algumas vezes ser usada para ajudar a resolver casos de EMI. Você pode algumas vezes fazer melhorias significativas através da mudança do equipamento vitima e da antena longe entre si.

Ruído externo

A maioria dos casos de interferência reportado envolvem algum tipo de fonte externa de ruído. O mais comum destes ruídos são elétricos. Os ruídos externos também podem vir de transmissores ou fontes não licenciadas de RF tais como computadores, jogos de vídeo, repelente de ratos eletrônico e outros mais. O ruído elétrico é regularmente fácil de identificar através da observação da figura de uma TV suscetível ou da escuta de um receptor de OC. Em um receptor, é geralmente um som parecido a um zumbido, algumas vezes mudando de intensidade conforme o arco ou fagulha "estalam" - se alteram. Se você determina que o problema é causado por ruído externo, isto deve ser curado na fonte.

Emissões Espúrias

Todos os transmissores geram alguns ( espera-se que poucos ) sinais de RF fora de suas freqüências alocadas. Estes sinais fora de faixa são chamados de emissões espúrias. As emissões espúrias podem ser sinais discretos ou ruído de banda larga. Harmônicos, são sinais em múltiplos exatos da freqüência de operação ( ou fundamental ).Outros sinais espúrios discretos são geralmente causados pelo processo de mistura super heteródino usado na maioria dos modernos receptores. Os transmissores também podem produzir ruído de banda larga e/ou oscilações parasitas. Se estes sinais indesejados causam interferência a outros serviços de radio, os órgãos regulatórios devem requerem aos seus proprietários que corrijam o problema.

Diagnosticando EMI

A maioria dos casos de EMI são complexos. Envolvem uma fonte, um caminho e uma vitima. Cada um destes componentes principais tem um grande números de variáveis : O problema é causado por harmônicos, sobrecarga fundamental, emissões conduzidas, emissões irradiadas ou uma combinação de todos estes fatores ? Deve ser atenuado com filtro passa-baixa, passa-alta, choques de modo-comum ou com filtro de linha de AC ? Como está a blindagem, transformadores de isolamento, um terra diferente ou configuração de antena ? Você provavelmente não verá seu problema exato e a cura listada em nenhum lugar. Mas deve ser importante diagnosticar o problema !

ALGUMAS PRÁTICAS ÚTEIS

Blindagens

As blindagens são usada para determinar fronteiras para a energia irradiada. Filmes finos condutivos, cobre trançado e folhas de metal soa os materiais de blindagem mais comuns. A efetividade máxima da blindagem geralmente requer folhas de metal sólido que encapsula completamente a fonte ou o circuito suscetível ou equipamento. Pequenas descontinuidades, tais quais buracos ou fendas, diminuem a efetividade da blindagem. Adicionalmente, as superfícies em contato entre as diferentes peças devem ser condutoras.

Filtros

O significado maior da separação de sinais se baseia nas suas diferenças de freqüência. Os filtros oferecem pouca oposição para certas freqüências enquanto bloqueiam outras. Os filtros variam em características de atenuação, características de freqüência e capacidade de manipular potencias diferentes. Os nomes dados aos vários filtros são baseados nos seus usos.

Os filtros de passa-baixa passam as freqüências abaixo de alguma freqüência de corte, enquanto atenuam freqüências acima desta. O esquema de um filtro deste tipo está representado abaixo :



Os filtros de linha de AC, algumas vezes chamados de filtros de "força bruta", são usados para filtrar energia de RF das linhas de potencia de alimentação. O esquema é o filtro de passa-baixa mostrado anteriormente.

Estes filtros devido a complexidade de sua construção, em especial quanto a confecção dos indutores e da blindagem da caixa, devem ser adquiridos prontos. Diversas indústrias especializadas fabricam filtros de linha para todos as aplicações industriais, que são os mais recomendados para uso em casa, na alimentação dos receptores de OC.

Os capacitores de bypass podem ser usados para curar problemas de EMI. Este capacitor é geralmente colocado entre o sinal ou cabo de alimentação e o circuito terra. Prove um caminho de baixa impedância para a terra de sinais de HF. Os capacitores de bypass são geralmente de 0.001 μF, enquanto para VHF são usados geralmente 0.001 μF.

Choques de Modo Comum

Os choques de modo comum podem ser o mais guardado segredo entre os radioamadores em especial. Os filtros de modo diferencial descritos anteriormente não são efetivos contra sinais de modo comum. Para eliminar adequadamente sinais de modo comum, você precisa de choques de modo-comum. Eles podem ajudar praticamente em qualquer problema de interferência, desde TV a cabo a telefones, quanto a interferência de áudio causada por RF captada nos cabos dos alto falantes.

Os choques de modo comum, geralmente tem materiais de núcleo de ferrite. Estes materiais são bem adequados para atenuar correntes de modo comum. O tamanho ótimo e o material de ferrite são determinados pela aplicação e freqüência. Por exemplo, um cabo AC de alimentação com um conector acoplado não pode ser facilmente enrolado em um pequeno núcleo de ferrite. As características dos materiais do ferrite variam com a freqüência.



Exemplos de ferrite para confecção de choques

Aterramento

Um terra elétrico não é uma grande pia que de alguma forma suga todo o ruído e sinais indesejados. Terra é um conceito de circuito, se o circuito é pequeno, que nem um receptor de radio, ou largo, que nem o caminho de propagação entre o transmissor e a instalação de TV a cabo. O terra forma um ponto de referencia universal entre os circuitos. Enquanto o terra não é a cura para todos os problemas de EMI, o terra é um importante componente de segurança de qualquer instalação elétrica. É parte do sistema de proteção contra raios nas estações de radio amadores e radio escutas que mantêm antenas externas, e um componente critico de segurança para o cabeamento elétrico das residências. enquanto que o aterramento dos equipamentos podem curar alguns problemas de EMI - em especial quando aplicado a transmissão por radio amadores - não é a cura para todos os males conforme sugerido em algumas literaturas técnicas. Um aterramento é relativamente fácil de se instalar e deve reduzir correntes harmônicas e ruídos elétricos no cabo de alimentação da antena; é desta forma uma valiosa tentativa.

Utilizar Baterias

Uma forma prática e eficiente para diminuir a interferência elétrica conduzida ao receptor pelo cabo AC, é utilizar baterias ou pilhas na alimentação. Desta forma, para estes casos comprovados de interferência devido a fontes de conversão AC/DC ineficientes, ou ausência de filtros de linha com blindagem e aterramento adequado, é uma ótima solução a utilização de baterias ( normalmente as automotivas ) como fonte de alimentação.

EXEMPLOS DE CASOS REAIS

A matéria que exemplifica a questão foi extraída da lista de discussão radioescutas@yahoo.com.br patrocinada pelo DX Clube do Brasil. O Marcelo Toniolo é um DXista de transito internacional, tendo publicado diversos artigos pertinentes à escuta das ondas curtas. A compreensão técnica do problema aliado a cidadania exercida, possibilitou a resolução de um problema que infelizmente é muito comum nos centros urbanos. Para acessar na íntegra a matéria de Marcelo Toniolo, acesse a seção relativa a Artigos Técnicos.

GLOSSÁRIO

Capacitor de bypass é um capacitor utilizado para prover um caminho de baixa impedância para radio freqüência em torno de um elemento de circuito
Sinais de modo-comum são sinais que estão em fase com ambos ( ou diversos ) condutores em um sistema
Sinais conduzidos são sinais que viajam através de fluxo de eletros em um fio ou outro condutor
Decibel ( dB ) uma unidade logarítmica de medida relativa de potencia que expressa a relação entre dois níveis de potencia
Sinais de modo-diferencial são sinais que chegam em dois ou mais condutores tais quais existam uma diferença de 180° de fase entre os sinais em alguns dos condutores
Compatibilidade eletromagnética ( EMC ) a habilidade de equipamentos eletrônicas a serem operados em seu ambiente eletromagnético projetado sem nem causar interferência em outros equipamentos ou sistemas, e nem sofrer interferência de outros equipamentos ou sistemas
Interferência eletromagnética ( EMI ) qualquer distúrbio elétrico que interfere com a operação normal de equipamentos eletrônicos
Emissão energia eletromagnética propagada de uma fonte através de radiação
Filtro uma rede de resistores, indutores e / ou capacitores que oferecem pouca resistência a certas freqüências enquanto bloqueiam ou atenuam outras freqüências
Sobrecarga fundamental interferência resultante de um sinal fundamental de um transmissor de radio
Terra conexão elétrica de baixa impedância à terra. Também, um ponto comum de referencia em circuitos eletrônicos
Harmônicos sinais em exatos integrais múltiplos da freqüência de operação ( ou fundamental )
Filtro de passa-alta um filtro desenhado para passar todas as freqüências acima de uma freqüência de corte, enquanto rejeita as freqüências abaixo da freqüência de corte
Imunidade a habilidade de equipamentos eletrônicos rejeitarem interferências de fontes externas de energia eletromagnética. Este é a conjugação do termo "susceptibilidade" e é o termo tipicamente usado no mundo comercial.
Indução a transferência de sinais elétricos através de acoplamento magnético
Interferência a interação indesejada entre sistemas eletrônicos
Intermodulação a mistura indesejada de duas ou mais freqüências em um dispositivo não-linear, o qual produz freqüências adicionais
Filtro de passa-baixa um filtro desenhado para passar todas as freqüências abaixo de uma freqüência de corte, enquanto rejeita as freqüências acima da freqüência de corte
Ruído qualquer sinal que interfere com o sinal desejado em comunicações ou sistemas eletrônicos
Não linear possui uma saída que não apresenta proporção linear em relação à entrada
Filtro "notch" ( pontiagudo ) um filtro que rejeita ou suprime uma faixa estreita de freqüências dentro de uma banda larga de freqüência
Largura de banda a faixa de freqüências que um filtro conduz essencialmente sem atenuação
Emissão irradiada energia de radio freqüência que é acoplada entre dois sistemas através de campos eletromagnéticos
RFI Interferência por radio freqüência interferência causada por uma fonte de sinais de radio freqüência. Esta é uma subclasse de EMI
Emissão espúria um emissão, em freqüências fora da largura de banda necessária de uma transmissão, o nível a qual pode ser reduzida sem afetar a informação que está sendo transmitida
Susceptibilidade as características de equipamentos eletrônicos que permitem respostas indesejadas quando submetidas a energia eletromagnética
TVI interferência a sistemas de televisão



Glossário relativo ao Rádio que inclui normas e procedimentos do ITU


Fontes

Handbook do Radioamador
Iwan Th. Halasz - Edusp

The ARRL Handbook 2002
ARRL

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sábado, 21 de novembro de 2009

GRAMPO TELEFÔNICO AM

Grampo Telefônico AM

O circuito apresentado captura os sinais de áudio de uma linha telefônica e os envia para um receptor de AM

Elton da Costa Rosado

O circuito apresentado captura os sinais de áudio de uma linha telefônica e os envia para um receptor de AM colocado nas proximidades e sintonizado em frequência livre. Dadas as características do AM, o alcance é pequeno, da ordem de poucos metros, mas nada impede que o receptor seja colocado em um cômodo adjacente ao local do transmissor, e assim não seja detectada a escuta.

A frequência é ajustada nos variáveis que podem ser aproveitados de velhos receptores AM fora de uso. As bobinas empregadas têm as seguintes características:

• L1: 5 espiras de fio 20 sobre bastão de ferrite
• L2: 7 espiras de fio 20 sobre L1 com tomada central (CT)
• L3: 4 espiras de fio 20 sobre bastão de ferrite com tomada central (CT)
• L4: 7 espiras de fio 20 sobre L3
• L5: 10 espiras de fio 22 AWG com 1 cm de diâmetro

Os bastões de ferrite têm 5 cm de comprimento e 1 cm de diâmetro. A bobina LO é das usadoas em rádios AM como osciladoras mas com capacitor interno. Os capacitores variáveis são ajustados para se obter o maior rendimento.



*Originalmente publicado na revista Eletrônica Total Nº137

DISTRIBUIDOR DE VÍDEOS

Distribuidor de Sinais de Vídeo

A finalidade deste circuito é proporcionar a distribuição de sinais de vídeo entre diversos televisores sem perda de intensidade

Elton da Costa Rosado

A finalidade deste circuito é proporcionar a distribuição de sinais de vídeo entre diversos televisores sem perda de intensidade. Uma aplicação seria em hotéis ou escolas onde um mesmo CD player pode gerar sinais para diversos televisores ao mesmo tempo.

O potenciômetro P1 ajusta o ganho do amplificador operacional e portanto a intensidade do sinal nas saídas. Temos ainda trimpots para o ajuste do modulador de vídeo de modo a se obter a melhor qualidade de sinal. Os capacitores, assim como os resistores que determinam a tensão de saída, podem ser alterados para se obter o melhor desempenho.

Tanto as entradas quanto saídas devem ser blindadas com a utilização de cabos apropriados. O enrolamento primário do transformador deve ser de acordo com a rede local. Os transistores usados são BC548 ou equivalentes.
Obs.: Este circuito é algo crítico com relação à qualidade do sinal, se o layout da placa não for bem feito. Também devem ser utilizados cabos apropriados.



*Originalmente publicado na revista Eletrônica Total Nº137

SIMPLES ECONÔMICA LANTERNA DE LEDS

Lanterna de LEDs

O circuito exibido é de uma lanterna de LEDs de baixo consumo

José A. B. Ribeiro

O circuito exibido é de uma lanterna de LEDs de baixo consumo. Os LEDs são do tipo branco com uma corrente de 20 mA, e a alimentação do circuito pode ser feita com tensões de 6 a 12 V. O consumo total depende da quantidade de LEDs utilizada e da tensão de alimentação.

Obs.: Atualmente, existem LEDs brancos de alta potência, alguns deles até com os resistores embutidos. Se o leitor encontrar estes LEDs em sua localidade poderá simplificar bastante este projeto.

PEQUENO TRANSMISSOR PARA ONDAS CURTAS

Pequeno Transmissor Experimental de FM de Curto Alcance

O transmissor apresentado pode alcançar algo em torno de 100 metros, dependendo do local e da sensibilidade do receptor

Adriano Muniz Moura

O transmissor apresentado pode alcançar algo em torno de 100 metros, dependendo do local e da sensibilidade do receptor. Também influi a existência de muitas estações no local e fontes de interferências. O circuito pode ser alimentado por 4 pilhas pequenas e funciona como um bom microfone volante.

A antena é do tipo telescópica ou um pedaço de fio rígido de 15 a 40 cm. Todos os capacitores devem ser cerâmicos e a bobina consiste em 4 espiras de 20 AWG com 1 cm de diâmetro sem núcleo. No trimmer de 2-20 pF é ajustada a frequência de operação deste transmissor. Observe na montagem a polaridade do microfone de eletreto.

Obs.: Na verdade, o alcance depende da sensibilidade do receptor e das condições do local em que ele irá operar. Nem sempre os 100 metros serão conseguidos.



*Originalmente publicado na revista Eletrônica Total Nº137

LÂMPADA EM SÉRIE PARA SUA BANCADA

Lâmpada de Série

Consiste em um recurso de grande importância para a bancada de testes e reparação

José Aquiles B. Ribeiro

A lâmpada de série consiste em um recurso de grande importância para a bancada de testes e reparação. Ela é utilizada para realizar testes de consumo em equipamentos ligados à rede de energia, detectando-se curtos ou circuitos abertos. Se houver um curto, a lâmpada simplesmente acende evitando, assim, maiores danos ao aparelho e à própria instalação elétrica.

O circuito apresentado destina-se ao teste de aparelhos até 100 W na rede 110 V, ou 200 W na rede de 220 V dado o uso do fusível de 1 A. A lâmpada utilizada pode ter de 40 a 100 W, devendo ser obrigatoriamente incandescente.

Obs.: Este circuito é simples e não oferece maiores dificuldades de montagem.